quinta-feira, 30 de abril de 2020

Adoro-Vos do abismo do meu nada e dou-­Vos graças por todos os Vossos benefícios.

Mas a alma não pode agir sozinha nessas coisas; deve seguir os conselhos de um confessor esclarecido, porque de outra forma pode errar, ou não tirar proveito. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 773]. Jesus eu confio em Vós!
Adoro-Vos do abismo do meu nada e dou-­Vos graças por todos os Vossos benefícios, especialmente por Vos terdes dado a mim neste sacramento, por me terdes concedido por advogada Maria, Vossa Mãe Santíssima, e, finalmente, por me haverdes chamado para Vos visitar nessa igreja.

Recomendo-Vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e da Virgem Maria. Recomendo-­Vos também todos os pobres pecadores. Enfim, amado Salvador meu, uno todos os meus afetos aos afetos do Vosso coração amantíssimo e, assim unidos, eu os ofereço a Vosso eterno Pai, pedindo-­Lhe em Vosso nome e, por Vosso amor, que se digne a aceitá-­los e atendê-­los.

Ó Jesus, Pão vivo descido do Céu, como é grande Vossa bondade! 
Aumentai sempre mais a nossa fé em Vós, Senhor sacramentado! Ardendo de amor por Vós, fazei com que, nos perigos, nas angústias e nas necessidades, só em Vós encontremos auxílio e consolação, ó divino Prisioneiro dos nossos tabernáculos, ó fonte inesgotável de todas as graças.

Graças e louvores se deem a todo o momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento (3x). Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oração em agradecimento pelo mês que termina e outro se inicia
Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade. Teu é o hoje e amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um mês, quero Te dizer Obrigada por tudo aquilo que recebi de Ti, pela vida e pelo amor, pelo ar e pelo sol, pela alegria e pela dor, pelo que foi possível e pelo o que não foi.
O trabalho que pude realizar as coisas que passaram pelas minhas mãos e o que com elas eu pude construir.

Abre-se Maio um mês que celebramos São José Operário, Nossa Senhora de Fátima, Santa Rita de Cássia, Ascensão do Senhor, Pentecostes, apresentamos-te estes dias de Maio Jesus. Que tenhamos a Paz e a Alegria, a Fortaleza e a Prudência, a Lucidez e a Sabedoria, a Saúde e o Amor. Quero viver cada dia com esperança e bondade. Amém.
HOJE CELEBRAMOS SÃO PIO V
Oração: Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Pio V governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: http://liturgia.catequisar.com.br/30-de-abril-sao-pio-v/

quarta-feira, 29 de abril de 2020

A alma bem sabe o que Deus exige dela e cumpre a Sua santa vontade, apesar das adversidades.

É grande a reciprocidade da alma para com Deus. Quando a alma sai do estado oculto, os sentidos experimentam as delícias que a alma sentiu e isso também é uma grande graça de Deus, embora não seja puramente espiritual, pois, no primeiro momento, os sentidos não participam. Toda graça dá à alma vigor e força para a ação, coragem para os sofrimentos. A alma bem sabe o que Deus exige dela e cumpre a Sua santa vontade, apesar das adversidades. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 772]. Jesus eu confio em Vós!
Francisco: o caminho das Bem-aventuranças nos leva a ser de Cristo e não do mundo
Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (29/04), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico por causa da pandemia de coronavírus, o Papa Francisco concluiu o percurso das Bem-aventuranças.

Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céus.” Esta Bem-aventurança proclama “a alegria escatológica dos perseguidos por justiça”. Segundo Francisco, ela “anuncia a mesma felicidade que a primeira: o Reino dos Céus é dos perseguidos e dos pobres em espírito”.
“Pobreza em espírito, choro, mansidão, sede de santidade,  misericórdia, purificação do coração e obras de paz podem levar à perseguição por causa de Cristo, mas, no final, essa perseguição é motivo de alegria e grande recompensa nos céus”, sublinhou Francisco. Para o Pontífice, “o caminho das Bem-aventuranças é um caminho pascal que leva de uma vida segundo o mundo para a vida segundo Deus, de uma existência guiada pela carne, ou seja, pelo egoísmo, para uma existência guiada pelo Espírito”. E o Papa acrescentou:

O mundo, com seus ídolos, seus acordos e suas prioridades, não pode aprovar esse tipo de existência. As ‘estruturas de pecado, muitas vezes produzidas pela mentalidade humana, tão estranhas ao Espírito da verdade que o mundo não pode receber, só podem rejeitar a pobreza ou a mansidão ou a pureza e declarar a vida segundo o Evangelho como um erro e um problema, como algo a ser marginalizado. O mundo pensa assim: estes são idealistas ou fanáticos.

Segundo Francisco, “se o mundo vive em função do dinheiro, qualquer um que demonstre que a vida pode ser cumprida no dom e na renúncia se torna um incômodo para o sistema ávido. A palavra ‘fastio’ é fundamental, pois o testemunho cristão, que faz bem a muitas pessoas, incomoda aqueles que têm uma mentalidade mundana. Eles vivem isso como uma repreensão. Quando a santidade aparece e a vida dos filhos de Deus emerge, nessa beleza há algo de inconveniente que exige uma tomada de posição: ser questionado e abrir-se ao bem ou recusar essa luz e endurecer o coração”.

O Papa frisou que “é curioso, chama a atenção ver como, nas perseguições dos mártires, a hostilidade aumenta a ponto de incomodar”. Basta recordar “as perseguições das ditaduras europeias do século passado: como se chega à ira contra os cristãos, contra o testemunho cristão e contra o heroísmo dos cristãos”.

É doloroso recordar que, neste momento, existem muitos cristãos que sofrem perseguições em várias áreas do mundo, e devemos esperar e rezar para que sua tribulação seja interrompida o mais rápido possível. São muitos: os mártires de hoje são mais do que os mártires dos primeiros séculos. Expressamos nossa proximidade a esses irmãos e irmãs: somos um único corpo, e esses cristãos são os membros ensanguentados do corpo de Cristo, que é a Igreja.

Segundo o Papa, “devemos estar atentos para não ler essa Bem-aventurança de maneira vitimista, de auto-comiseração. De fato, o desprezo dos homens nem sempre é sinônimo de perseguição: logo após Jesus diz que os cristãos são o “sal da terra” e alerta contra o perigo de “perder o sabor”, caso contrário, o sal “não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens”. Portanto, há também um desprezo que é culpa nossa quando perdemos o sabor de Cristo e do Evangelho”.

Francisco afirmou que “devemos ser fiéis ao caminho humilde das Bem-aventuranças, porque é o que leva a ser de Cristo e não do mundo. Vale a pena lembrar o percurso de São Paulo: quando ele pensava que era justo, era de fato perseguidor, mas quando descobriu que era perseguidor, tornou-se um homem de amor, que enfrentou de bom grado o sofrimento da perseguição que sofria”.

A exclusão e a perseguição, se Deus nos concede graça, nos fazem assemelhar a Cristo crucificado e, associando-nos à sua paixão, são a manifestação de uma nova vida. Esta vida é a mesma de Cristo, que para nós homens e para a nossa salvação foi “desprezado e rejeitado pelos homens”. Acolher seu Espírito pode nos levar a ter tanto amor no coração a ponto de oferecermos a vida ao mundo sem fazer acordos com seus enganos e aceitando a recusa.

“Os acordos com o mundo são perigosos: o cristão é sempre tentado a fazer acordos com o mundo, com o espírito do mundo”, disse o Papa, ressaltando que é preciso “rejeitar os acordos e seguir o caminho de Jesus Cristo. A vida do Reino dos Céus é a maior alegria, a verdadeira alegria”.

“Nas perseguições, há sempre a presença de Jesus que nos acompanha, a presença de Jesus que nos consola e a força do Espírito que nos ajuda a seguir em frente. Não desanimemos quando uma vida coerente do Evangelho atrai as perseguições das pessoas: o Espírito nos sustenta nesse caminho”, concluiu o Papa.
Fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/papa-audiencia-geral-caminho-bem-aventurancas-leva-cristo.html
SANTA CATARINA DE SENA, VIRGEM, 
E DOUTORA DA IGREJA 
Nasceu em Sena(Itália), em 1347. Ainda adolescente, movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de São Domingos. Cheia de amor por Deus e pelo próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades; defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa. Escreveu importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste. Morreu em 1380.

R. Catarina, minha irmã, abre-me a porta;
co-herdeira do meu reino, diz-lhe Cristo,
minha amiga, que conheces meus mistérios,
meus segredos mais ocultos da verdade.
* Enriquecida pelo dom do meu Espírito,
purificada do pecado e toda mancha
por meu sangue derramado, aleluia.
V. Deixa a paz da oração contemplativa
e testemunha minha verdade com firmeza.
* Enriquecida.

Oração: Ó Deus, que inflamastes de amor Santa Catarina de Sena, na contemplação da paixão do Senhor e no serviço da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, participar do mistério de Cristo, e exultar em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Conhece toda a profundeza do Inconcebível, e quanto mais profundo é esse conhecimento, tanto mais ardentemente a alma O deseja.

Continuação de ontem.....Ela(alma) participa na Divindade. Deus faz a alma conhecer quanto a ama, e esta vê que almas melhores e mais santas do que ela não receberam essa graça. Por isso, um santo assombro a domina e ela se mantem em profunda humildade e mergulha no seu nada e no seu santo assombro e, quanto mais ela se rebaixa, tanto mais estreitamente Deus Se une com ela e desce até ela. A alma, nesse momento, encontra-se com que escondida. Seus sentidos não atuam; ela, num momento, conhece a Deus e mergulha Nele. Conhece toda a profundeza do Inconcebível, e quanto mais profundo é esse conhecimento, tanto mais ardentemente a alma O deseja. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 771]. Jesus eu confio em Vós!
Senhor Jesus, fonte de amor e de misericórdia, pedimos pelo nosso país para que, pelo poder de teu sangue bendito, nos liberte de todo mal. Abençoa a nossa nação e dá-nos a graça de sermos terra santa Brasileira, justa, com ordem e progresso. Amém.
Neste dia, nós contemplamos o fiel testemunho de Luís que, ao ser crismado, acrescentou ao seu prenome o nome de Maria, devido sua devoção à Virgem Maria, que permeou toda sua vida.
Nascido na França, no ano de 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e assim percorreu o caminho dos estudos.
Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, através de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres; como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.
São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto assim que foi a Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas este não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.
São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou inclusive o saudoso Papa João Paulo II, que por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”. São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!
Fonte:http://cccista.com.br/site/santo-do-dia-28-de-abril/
Oração a Jesus 
(S. Luís Maria Grignion de Montfort)
Meu Amável Jesus, permiti que eu me dirija a Vós, para Vos testemunhar o reconhecimento pela graça que me tendes feito, dando-me a vossa Santa Mãe pela devoção da escravidão, para ser minha advogada junto à vossa majestade e o complemento universal da minha grande miséria. Infeliz de mim, Senhor, que sou tão miserável que, sem esta boa Mãe, estaria infalivelmente perdido. Sim, em tudo Maria me é necessária junto de Vós: necessária para Vos aplacar em vossa justa cólera, pois vos tenho ofendido tanto, todos os dias; necessária, para sustar os castigos eternos de vossa justiça, que mereço; necessária, para Vos olhar, para Vos falar, Vos pedir, Vos tornar propício e Vos agradar; necessária, para salvar a minha alma e as dos outros; necessária, em uma palavra, para fazer sempre a vossa santa vontade e buscar em tudo a vossa maior glória.
Ah! Se eu pudesse publicar pelo universo esta misericórdia que tivestes comigo; se todo o mundo soubesse que, sem Maria, eu já estaria condenado; se eu pudesse dar dignas ações de graças por tão grande benefício! Maria está em mim, haec facta est mihi. Oh! Que tesouro! Que consolação! E, depois disto, não me entregaria eu todo a Ela? Oh! Que ingratidão, meu caro Salvador! Antes morrer do que esta desgraça! Prefiro morrer a viver sem ser todo de Maria.
Mil e mil vezes A tomei por todo o meu bem, como São João Evangelista ao pé da cruz, e outras tantas vezes me entreguei a Ela. Mas, meu bom Jesus, se ainda não o fiz conforme os vossos desejos, faço-o agora como quereis que o faça. Se vedes alguma coisa em minha alma e meu corpo que não pertença a esta augusta Princesa, peço-Vos arrancá-la e jogá-la longe, porque tudo que não pertence a Maria é indigno de Vós.

Ó Espírito Santo, concedei-me todas estas graças; e plantai, orvalhai e cultivai em minha alma a amável Maria, que é a árvore de vida verdadeira, a fim de que cresça, floresça e dê fruto de vida em abundância. Ó Espírito Santo, dai-me uma grande devoção e uma grande predileção por vossa Esposa divina, um grande apoio em seu seio de mãe e um recurso contínuo em sua misericórdiapara que nela formeis em mim Jesus Cristo ao vivo, grande e poderoso, até a plenitude de sua idade perfeita. Assim seja.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Aclamem o Senhor todos os habitantes da terra!

Nesse mesmo momento, a alma toda mergulha Nele e sente uma felicidade tão grande como a dos bem-aventurados no céu. E, embora os eleitos no céu vejam a Deus a face e sejam completamente felizes – o conhecimento que eles têm de Deus não é igual; Deus fez-me conhecer tal coisa. Esse conhecimento mais profundo começa aqui na terra, na medida da graça, e depende, em grande parte, da nossa fidelidade a essa graça. Todavia, a alma que experimenta essa inconcebível graça da união não pode dizer que está vendo a Deus face a face, pois [essa visão] ainda é através da fé, um finíssimo véu, mas tão fino que a alma pode dizer que vê a Deus e fala com Ele. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 771]. Jesus eu confio em Vós!
ACENDER UMA VELA
A vela, por si só, é um instrumento que nos fornece luz e na Igreja Católica, podemos fazer uma analogia com a luz do Divino. Quando observamos uma vela queimar, ficamos quase que hipnotizados pela chama, que consome o pavio e consequentemente derrete a vela até o fim.
Fonte:https://www.nossasagradafamilia.com.br/conteudo/por-que-acender-uma-vela.html
         ORAÇÃO AO ACENDER UMA VELA
Meu Deus, acendo esta vela como sinal da minha fé, do meu amor por Ti e da esperança com que Te confio toda a minha vida. 
Que ela seja luz e que me ilumine que seja calor que me aqueça o coração, que seja fonte de vida e me conduza a Ti.
Meu bom Deus ampara-me e protege-me nas decisões que eu tenho de tomar, faz-me seguir sempre o que for melhor para a minha vida e guarda-me para que eu esteja sempre sob a Tua Divina proteção. Amém.
SALMO 100
Aclamem o Senhor
todos os habitantes da terra!

Prestem culto ao Senhor com alegria;
entrem na sua presença
com cânticos alegres.

Reconheçam que o Senhor é o nosso Deus.
Ele nos fez e somos dele:
somos o seu povo,
e rebanho do seu pastoreio.

Entrem por suas portas com ações de graças
e em seus átrios com louvor;
deem-lhe graças e bendigam o seu nome.

Pois o Senhor é bom
e o seu amor leal é eterno;
a sua fidelidade permanece
por todas as gerações.

Novena "Almas Aflitas"
Segunda-feira, dia dedicado as Almas do Purgatório.
"Pai Eterno, eu vos ofereço o sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, intercedei pelas almas aflitas.
E vós, almas aflitas, ide perante a Deus e pedi a graça que necessito (fazer o pedido)". Rezar: Pai Nosso, Ave Maria e o Glória.

“Dai Senhor as almas o descanso eterno e que a luz perpétua as ilumine, Descansem em paz. Amém”.

domingo, 26 de abril de 2020

3º domingo da Páscoa - Reconheceram-no ao partir do pão.

Houve dois momentos em que a minha alma estava mergulhada no desespero; uma vez foi por meia hora, outra vez durante três quartos de hora. E, assim como em relação às graças, não posso descrever com exatidão a sua grandeza, da mesma forma se passa a respeito dessas provações enviadas por Deus; ainda que eu utilizasse não sei que palavras, não passaria de uma pálida imagem. Mas, assim como o Senhor me mergulhou nesses tormentos, assim também deles me tirou. Porém, isso tudo durou vários anos, e novamente recebi essa graça excepcional da união, que dura até hoje. No entanto, também nessa segunda união, houve breves intervalos. Atualmente, porém, e desde há algum tempo, não há nenhuma interrupção. Sinto-me cada vez mais submersa em Deus. A grande luz, que mantém a mente iluminada, revela-me a grandeza de Deus, mas não como se eu tivesse que conhecer Nele atributos particulares, como antigamente – não, agora é diferente: num só instante contemplo toda a Essência de Deus. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 770]. Jesus eu confio em Vós!
Proclamação do Evangelho de Lucas 24, 13-25
E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.
E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido.
E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles.
Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes?
E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias?
E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram.
E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro;
E, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.
E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém, a ele não o viram.
E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?
E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe.
E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles.
E aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu-o, e lho deu.
Abriram-se-lhes então os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes.
E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?
E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles,
Os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão.
E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão. 
Palavras da Salvação. Glória a Vós Senhor.
V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos.

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém.

sábado, 25 de abril de 2020

Oh Maria concebida sem pecado, rogai por nós!

Quanto a mim, recebi essa graça pela primeira vez e por um momento muito curto aos dezoito anos de idade, na oitava do Corpo de Deus, durante as vésperas, quando fiz a Nosso Senhor o voto perpétuo de castidade. Eu ainda vivia no mundo, mas pouco tempo depois ingressei no convento. Essa graça durou um brevíssimo momento, mas a força dessa graça foi grande. Depois dessa graça houve um longo intervalo. É verdade que, nesse intervalo, recebi muitas graças do Senhor, mas de outro gênero. Foi um tempo de provações e de purificação. Essas provações eram tão dolorosas que a minha alma sentiu um total abandono de Deus e foi mergulhada em grandes trevas. Percebi e compreendi que ninguém me poderia tirar desses tormentos, nem me compreender. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 770]. Jesus eu confio em Vós!
Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos, 
bem sabemos que, miseráveis pecadores, 
não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, 
mas sabemos que a vossa grandeza 
não vos faz esquecer a nossa miséria e, 
no meio de tanta glória, a vossa compaixão, 
longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto desse trono em que reinais sobre todos os anjos e santos, 
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; 
vede a quantas tempestades e mil perigos estaremos, 
sem cessar, expostos até o fim de nossa vida.
Pelos merecimentos de vossa bendita morte, 
obtende-nos o aumento da fé, da confiança 
e da santa perseverança na amizade de Deus, 
para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés 
e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, 
para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu. Amém.
Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia! 
Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia! 
Ressuscitou como disse. Aleluia! 
Rogai por nós a Deus. Aleluia! 
D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia! 
C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora. 
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Cantamos hoje alegremente, 
ó São João Marcos, teu louvor, 
pois tu trouxeste a toda gente 
a Boa-nova do Senhor. 

Por mestre a Pedro tu tiveste, 
suas palavras recolhias, 
e, se a Jesus não conheceste, 
era a Jesus que nele ouvias. 

Breve o Evangelho que escreveste, 
tão dilatado em seu amor: 
em poucas páginas puseste 
as maravilhas do Senhor. 

Deixa-te Paulo, e a Paulo segues, 
vais imitando a sua lida; 
perfeita é a cópia que consegues, 
dando por Cristo a própria vida. 

Filho de Deus O proclamemos, 
por ti e Pedro alimentados, 
e face a face O contemplemos, 
ao céu um dia transportados.

ORAÇÃO: Ó Deus, que concedestes a São Marcos, vosso evangelista, a glória de proclamar a Boa-nova, dai-nos assimilar de tal modo seus ensinamentos, que sigamos fielmente os caminhos do Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. 

Conclusão da Hora

 O Senhor nos abençoe,
nos livre de todo o mal 
e nos conduza à vida eterna. Amém.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Sagrado Coração de Jesus, tenho grande confiança em Vós!

Percebi que Deus concede essa graça às almas com dois objetivos: O primeiro é quando a alma deve realizar alguma grande obra que, do ponto de vista humano, ultrapassa totalmente suas forças. No segundo caso, para dirigir e tranquilizar almas afins, embora o Senhor possa conceder essa graça como Lhe aprouver e a quem quiser. Entretanto, percebi essa graça em três sacerdotes, embora não com a mesma intensidade. Um deles é sacerdote diocesano, dois são sacerdotes religiosos e também duas religiosas. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 769]. Jesus eu confio em Vós!
ORAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
Ó Coração de Jesus, paraíso de delícias celestes. O Coração de Cristo é um oceano para onde fluem todos os rios da caridade do Pai, e de onde saem todos os rios de graças que santificam as almas, porque Nele se encerram todas as riquezas do amor divino. Esses tesouros infinitos de amor e de vida estão sempre à nossa disposição.

“Sagrado Coração de meu Jesus, fazei que vos ame cada vez mais!”.
HOJE CELEBRAMOS SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA
São Fidélis dedicou-se totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas
O santo de hoje nasceu em Sigmaringa (Alemanha) no ano de 1577. Seu nome de batismo era Marcos Rei. Era dotado de grande habilidade com os estudos. Marcos era um cristão católico, tornando-se mais tarde um conhecido filósofo e advogado. Porém, havia um chamado que o inquietava: a consagração total a Deus, a vida no ministério sacerdotal.

Renunciando a tudo, entrou para a família franciscana, para os Capuchinhos. Enquanto noviço, viveu um grande questionamento: se fora do convento ele não faria mais para Deus, do que dentro da vida religiosa. Buscou então seu mestre de noviciado que, no discernimento, percebeu que era uma tentação.

Passado isso, ele se empenhou na busca pela santidade. Seu nome agora se tornou “Fidélis” ou “Fiel’. E buscou ser fiel à vontade de Deus. Estudou Teologia, foi ordenado e enviado à Suíça para uma missão especial com outros irmãos: propagar a Sã Doutrina Católica.

São Fidélis dedicou-se totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas que combatiam a Igreja de Cristo.

Depois de uma Santa Missa, com cerca de 45 anos, teve o discernimento de que estava próxima sua partida. Fez uma oração de entrega a Deus e, logo em seguida, foi preso e levado por homens que queriam que ele renunciasse à fé.

Fidélis deixou claro que não o faria, e que não temia a morte. Ajoelhou-se e rezou: “Meu Jesus, tende piedade de mim. Santa Maria, Mãe de Deus, assisti-me”. Recebeu várias punhaladas e morreu ali, derramando seu sangue pela Verdade, por amor a Cristo e Sua Igreja.

São Fidélis, rogai por nós! 
Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-fidelis-fiel-de-sigmaringa-fiel-a-vontade-de-deus/

ORAÇÃO: São Fidélis de Sigmaringa, desejo vos entregar todos os jovens que estão sendo chamados à sublime vocação sacerdotal. Encaminhai-os, para que nunca se decepcionem com os contra testemunhos e que olhando apenas para Jesus, possam se tornar valente guerreiros de Cristo, como o fostes. Que nossa incoerência entre palavra e vida não mais subsista e que a vossa bênção seja derramada sobre todos os que a vós recorre. Por cristo Nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Agradeço a Deus por me ter criado e permitido que abra meus olhos e veja a beleza da criação.

É estranho que, embora a alma viva essa união com Deus, não saiba dar a essa união uma forma precisa e uma definição, todavia, quando ela encontra uma outra alma semelhante, entendem-se admiravelmente bem nessas coisas, embora não troquem muitas palavras. Uma alma assim unida a Deus reconhece facilmente outra alma semelhante, ainda que aquela não lhe desvende seu interior, mas apenas converse com ela normalmente; trata-se como que de um parentesco espiritual. Não são muitas as almas assim unidas a Deus, bem menos do que imaginamos. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 768]. Jesus eu confio em Vós!
Agradeço a Deus por me ter criado e permitido que abra meus olhos e veja a beleza da criação.
Agradeço a Deus por permitir que deixe cair em meu rosto, em minhas mãos e meus pés a água que purifica.
Agradeço a Deus por sentir na boca o alimento que me nutre.
Agradeço a Deus por me mostrar que existem pessoas mais sábias do que eu, e com elas eu possa aprender muitas coisas mais.
Agradeço a Deus por deixar que eu ande e trabalhe, para que outros possam desfrutar de tudo isso que sinto em meu coração.
Graças e louvores se deem a todo o momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento (3x). Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam" (3 vezes)
Para a alma humilde estão abertas as comportas do Céu, 
e cai sobre ela um mar de graças [...]. 
Deus nada nega a uma alma assim. Uma alma assim é
omnipotente, ela influi no destino do Mundo inteiro. 
Deus exalta uma alma
assim até o Seu Trono e, quanto mais ela se rebaixa, 
tanto mais Deus se inclina para ela, persegue-a com Suas graças e acompanha-­a em todos os momentos com Seu poder. 
Uma alma assim está unida com Deus 
da maneira
mais profunda.
Santa Faustina

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Com Ele, descobrimo-nos preciosos nas nossas fragilidades.

Todavia, quando a alma volta ao estado habitual, vê que não está em seu poder permanecer nessa união. E ainda que breves, os momentos desta [união] perduram. A alma não pode permanecer muito tempo nesse estado [de união com Deus], porque simplesmente se libertaria dos laços do corpo para sempre – assim mesmo ela é milagrosamente sustentada por  Deus. Ele faz a alma conhecer claramente quanto a ama, como se apenas ela fosse objeto da sua predileção. A alma conhece tal coisa de maneira clara como que sem véu. Lança-se vigorosamente para Deus, mas sente-se criança. Ela sabe que isso não está em seu poder, por isso Deus desce até ela e une-Se com ela de uma maneira.....Aqui tenho que me calar, porque o que a alma está vivendo – não sei descrever. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 767]. Jesus eu confio em Vós!
Toda quarta é dedicada a São José
Oração a São José 
(São Pio X )
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; 
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; 
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; 
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; 
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.

A homilia do Papa na Missa do 
Domingo da Misericórdia
"Hoje, o amor desarmado e convincente de Jesus ressuscita o coração do discípulo. Também nós, como o apóstolo Tomé, acolhamos a misericórdia, que é a salvação do mundo. E usemos de misericórdia para com os mais frágeis: só assim reconstruiremos um mundo novo."
Homilia do Santo Padre
Eucaristia no II Domingo de Páscoa
(Domingo da Divina Misericórdia)
(Igreja do Espírito Santo, in Sássia, 19 de abril de 2020)

No domingo passado, celebramos a ressurreição do Mestre, hoje assistimos à ressurreição do discípulo. Passou uma semana; semana esta, que os discípulos, apesar de ter visto o Ressuscitado, transcorreram cheios de medo, mantendo «as portas fechadas» (Jo 20, 26), sem conseguir sequer convencer da ressurreição o único ausente, Tomé. Que faz Jesus perante esta incredulidade medrosa? Regressa, coloca-Se na mesma posição, «no meio» dos discípulos, e repete a mesma saudação: «A paz esteja convosco!» (Jo 20, 19.26). Começa de novo. A ressurreição do discípulo começa daqui, desta misericórdia fiel e paciente, da descoberta que Deus não Se cansa de estender-nos a mão para nos levantar das nossas quedas. Quer que O vejamos assim: não como um patrão com quem devemos ajustar contas, mas como o nosso Papá, que sempre nos levanta. Na vida, caminhamos tateando, como uma criança que começa a andar, mas cai; dá alguns passos e cai novamente; cai e volta a cair, mas sempre o pai a levanta. A mão que nos levanta sempre é a misericórdia: Deus sabe que, sem misericórdia, ficamos caídos no chão; ora, para caminhar, precisamos de ser postos de pé.

Podes objetar: «Mas, eu não paro mais de cair»! O Senhor sabe disso, e está sempre pronto a levantar-te de novo. Não quer ver-nos a pensar continuamente nas nossas quedas, mas que olhemos para Ele, que, nas quedas, vê filhos a levantar; nas misérias, vê filhos a amar com misericórdia. Hoje, nesta igreja que se tornou santuário da misericórdia em Roma, no domingo que São João Paulo II dedicou à Misericórdia Divina há vinte anos, acolhamos confiadamente esta mensagem.

A Santa Faustina, disse Jesus: «Eu sou o amor e a misericórdia em pessoa; não há miséria que possa superar a minha misericórdia» (Diário, 14/IX/1937). Outra vez, quando a Santa confidenciava feliz a Jesus que Lhe oferecera toda a sua vida, tudo o que tinha, ouviu d’Ele uma resposta que a surpreendeu: «Não me ofereceste aquilo que é verdadeiramente teu». Que teria então guardado para si a santa freira? Diz-lhe amavelmente Jesus: «Filha, dá-me a tua miséria» (Diário, 10/X/1937). Podemos, também nós, interrogar-nos: «Dei a minha miséria ao Senhor? Mostrei-Lhe as minhas quedas, para que me levante?» Ou há algo que conservo ainda dentro de mim? Um pecado, um remorso do passado, uma ferida que trago dentro, rancor contra alguém, mágoa contra uma pessoa em particular... O Senhor espera que Lhe levemos as nossas misérias, para nos fazer descobrir a sua misericórdia.

Voltemos aos discípulos… Durante a Paixão, tinham abandonado o Senhor e sentiam-se em culpa. Mas Jesus, ao encontrá-los, não lhes prega um longo sermão. A eles, que estavam feridos dentro, mostra as suas chagas. Tomé pode tocá-las, e descobre o amor: descobre quanto Jesus sofrera por ele, que O tinha abandonado. Naquelas feridas, toca com mão a terna proximidade de Deus. Tomé, que chegara atrasado, quando abraça a misericórdia, ultrapassa os outros discípulos: não acredita só na ressurreição, mas também no amor sem limites de Deus. E faz a profissão de fé mais simples e mais bela: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28). Eis a ressurreição do discípulo: realiza-se quando a sua humanidade, frágil e ferida, entra na de Jesus. Aqui dissolvem-se as dúvidas; aqui Deus torna-Se o meu Deus; aqui recomeça a aceitar-se a si mesmo e a amar a própria vida.

Queridos irmãos e irmãs, na provação que estamos a atravessar, também nós, com os nossos medos e as nossas dúvidas como Tomé, nos reconhecemos frágeis. Precisamos do Senhor, que, mais além das nossas fragilidades, vê em nós uma beleza indelével. Com Ele, descobrimo-nos preciosos nas nossas fragilidades. Descobrimos que somos como belíssimos cristais, simultaneamente frágeis e preciosos. E se formos transparentes diante d’Ele como o cristal, a sua luz – a luz da misericórdia – brilhará em nós e, por nosso intermédio, no mundo. Eis aqui o motivo para exultarmos «de alegria – como diz a primeira Carta de Pedro –, se bem que, por algum tempo, [tenhamos] de andar aflitos por diversas provações» (1, 6).

Nesta festa da Divina Misericórdia, o anúncio mais encantador chega através do discípulo mais atrasado. Só faltava ele, Tomé. Mas o Senhor esperou por ele. A misericórdia não abandona quem fica para trás. Agora, enquanto pensamos numa recuperação lenta e fadigosa da pandemia, é precisamente este perigo que se insinua: esquecer quem ficou para trás. O risco é que nos atinja um vírus ainda pior: o da indiferença egoísta.

Transmite-se a partir da ideia que a vida melhora se vai melhor para mim, que tudo correrá bem se correr bem para mim. Começando daqui, chega-se a selecionar as pessoas, a descartar os pobres, a imolar no altar do progresso quem fica para trás. Esta pandemia, porém, lembra-nos que não há diferenças nem fronteiras entre aqueles que sofrem. Somos todos frágeis, todos iguais, todos preciosos.

Oxalá mexa connosco dentro o que está a acontecer: é tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira! Aprendamos com a comunidade cristã primitiva, que recebera misericórdia e vivia usando de misericórdia, como descreve o livro dos Atos dos Apóstolos: os crentes «possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um» (At 2, 44-45). Isto não é ideologia; é cristianismo.

Naquela comunidade, depois da ressurreição de Jesus, apenas um ficara para trás e os outros esperaram por ele. Hoje parece dar-se o contrário: uma pequena parte da humanidade avançou, enquanto a maioria ficou para trás. E alguém poderia dizer: «São problemas complexos, não cabe a mim cuidar dos necessitados; outros devem pensar neles». Depois de encontrar Jesus, Santa Faustina escreveu: «Numa alma sofredora, devemos ver Jesus Crucificado e não um parasita nem um fardo... [Senhor], dais-nos a possibilidade de nos exercitarmos nas obras de misericórdia, e nós exercitamo-nos nas murmurações» (Diário, 06/IX/1937). Mas, um dia, ela própria se lamentou com Jesus dizendo que, para ser misericordiosa, passava por ingênua: «Senhor, muitas vezes abusam da minha bondade». E Jesus retorquiu: «Não importa, minha filha! Não te preocupes! Tu sê sempre misericordiosa para com todos» (Diário, 24/XII/1937). Para com todos: não pensemos só nos nossos interesses, nos interesses parciais. Aproveitemos esta prova como uma oportunidade para preparar o amanhã de todos, sem descartar ninguém. De todos. Porque, sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém.

Hoje, o amor desarmado e convincente de Jesus ressuscita o coração do discípulo. Também nós, como o apóstolo Tomé, acolhamos a misericórdia, que é a salvação do mundo. E usemos de misericórdia para com os mais frágeis: só assim reconstruiremos um mundo novo.
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/papa-francisco-missa-domingo-misericordia-homilia-texto-integral.html