quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Oitava de Natal - Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, minha família vossa é.


 +  Neste  profundo recolhimento posso apreciar melhor o estado da minha alma. A minha alma é semelhante a uma água límpida na qual vejo tudo -  tanto a minha miséria como a grandeza das graças de Deus e desse conhecimento verdadeiro o meu espírito se reforça em uma profunda humildade. Exponho o meu coração à ação da Vossa graça, como um cristal ao raio do sol; que se imprima (9) em meu coração a Vossa imagem Divina, na  medida, em que ela possa ser impressa numa criatura, e Vós que habitais na minha alma, faça com que através de mim se irradie a Vossa Divindade. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1336]. Jesus eu confio em Vós.


As lições de Nazaré
Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.
Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.
Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.
Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor. Fonte:https://cleofas.com.br/as-licoes-de-nazare/Alocuções do Papa Paulo VI
(Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964)

Oração: Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Bem junto ao Presépio, adorando o Menino Jesus, em companhia de Maria e José, encontramos a solução para a febricitação que se instalou na Humanidade após o pecado original. O homem passou a sentir um incontrolável anseio de ser igual a Deus: “Sereis como deuses” (Gn 3, 5). Aí está o Deus-Menino que Se fez igual a nós para podermos ser iguais a Deus. Veio disposto a dar sua própria vida até a última gota de sangue, e assim elevar às alturas da divindade a nossa natureza decaída. Por Ele, com Ele e n’Ele, abriu-se para nós a possibilidade de participar da divindade. De joelhos, ao Menino roguemos neste Santo Natal, pela poderosa intercessão de Maria e José, as melhores graças para alcançar a plenitude da santidade e nos fazermos, assim, seus irmãos por adoção, na mesma divina natureza. (Revista Arautos do Evangelho, Dez/2005, n. 48, p. 52)


Nenhum comentário:

Postar um comentário