Evangelho de São Lucas 24:35-48
Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão.
Enquanto falavam sobre isso, o próprio Jesus apresentou-se entre eles e lhes disse: "Paz seja com vocês!"
Eles ficaram assustados e com medo, pensando que estavam vendo um espírito.
Ele lhes disse: "Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês?
Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho".
Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: "Vocês têm aqui algo para comer?"
Deram-lhe um pedaço de peixe assado, e ele o comeu na presença deles.
E disse-lhes: "Foi isso que eu falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos".
Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras.
E lhes disse: "Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vocês são testemunhas destas coisas. Palavras da Salvação. Glória a Vós Senhor.
Francisco recordou que o Evangelho deste domingo é caracterizado por três verbos muito concretos, que em certo sentido refletem nossa vida pessoal e comunitária: olhar, tocar e comer. Silvonei José - Vatican News
Neste 18 de abril, Francisco voltou à janela do Palácio Apostólico com vista para a Praça São Pedro de onde rezou com fiéis a oração mariana.
No terceiro domingo da Páscoa, o Santo Padre recordou que voltamos a Jerusalém, ao Cenáculo, como se guiados pelos dois discípulos de Emaús, que haviam escutado com grande emoção as palavras de Jesus no caminho e depois o reconheceram "no partir do pão". Agora, no Cenáculo, o Cristo ressuscitado aparece no meio do grupo de discípulos e os saúda, dizendo: "A paz esteja convosco"! Mas eles estão assustados – disse o Papa - e acreditam "que veem um fantasma". Então Jesus lhes mostra as feridas em seu corpo e diz: "Olhem para minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Toquem em mim! E para convencê-los, ele pede comida e a come sob o olhar atônito deles.
Há um detalhe aqui nesta descrição, disse o Papa. O Evangelho diz que os apóstolos, pela grande alegria, ainda não acreditavam. "Tal era a alegria que eles tinham que não podiam acreditar que era verdade. É um segundo detalhe: eles ficaram atônitos, espantados, espantados porque o encontro com Deus sempre os leva ao estupor. Vai além do entusiasmo, além da alegria, é outra experiência. E eles estavam alegres, mas uma alegria que os fazia pensar: mas não, isto não pode ser verdade, não, não pode...(?) assim... É o estupor da presença de Deus. Não se esqueça deste estado de espírito, que é tão bonito".
Esta página do Evangelho – continuou Francisco - é caracterizada por três verbos muito concretos, que em certo sentido refletem nossa vida pessoal e comunitária: olhar, tocar e comer. Três ações que podem dar a alegria de um verdadeiro encontro com Jesus vivo.:
"Olhem para minhas mãos e meus pés" - diz Jesus. Olhar não é apenas ver, é mais, envolve também intenção, vontade. É por isso que é um dos verbos do amor. Mães e pais olham para seus filhos; os apaixonados se olham um para o outro; um bom médico olha atentamente para seu paciente... Olhar é um primeiro passo contra a indiferença, contra a tentação de virar nosso rosto diante das dificuldades e sofrimentos dos outros. Olhar. Eu vejo ou olho Jesus?".
Em seguida o Santo Padre falou do segundo verbo, tocar:
“Ao convidar os discípulos a tocá-lo, para constatar que ele não é um fantasma, toque-me. Jesus indica a eles e a nós que a relação com Ele e com os nossos irmãos não pode permanecer "à distância", não existe um cristianismo à distância, não existe somente um cristianismo, no nível do olhar. O amor pede para olhar e também a proximidade, pede contato, a partilha da vida. O bom samaritano não se limitou a olhar para o homem que encontrou meio morto ao longo da estrada: inclinou-se, curou suas feridas, e o carregou em seu cavalo e o levou para a pousada. E assim com o próprio Jesus: amá-lo significa entrar numa comunhão de vida, uma comunhão com Ele”.
Falando depois do terceiro verbo, comer, disse que o mesmo expressa bem a nossa humanidade na sua mais natural indigência, ou seja, nossa necessidade de nos alimentarmos para poder viver:
“Mas comer, quando o fazemos juntos, em família ou entre amigos, torna-se também uma expressão de amor, de comunhão, de festa... Quantas vezes os Evangelhos nos mostram Jesus que vive esta dimensão de convivência! Também ressuscitado, com seus discípulos. Ao ponto de o Banquete eucarístico se tornar o sinal emblemático da comunidade cristã. Alimentar-se juntos com o corpo de Cristo. Este é o centro da vida cristã”.
O Papa Francisco recordou que esta página do Evangelho nos diz que Jesus não é um "fantasma", mas uma Pessoa viva, que Jesus quando se aproxima de nós nos enche de alegria até ao ponto de não acreditarmos e nos deixa atônitos com aquele estupor que somente a presença de Deus nos dá, porque Jesus é uma pessoa viva.
Ser cristãos - continuou o Santo Padre - não é antes de tudo uma doutrina ou um ideal moral, é uma relação viva com Ele, com o Senhor Ressuscitado: “olhamos para Ele, tocamos n’Ele, nos alimentamos d’Ele e, transformados por Seu Amor, olhamos, tocamos e alimentamos os outros como irmãos e irmãs. Que a Virgem Maria – concluiu - nos ajude a viver esta experiência de graça”.
fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-04/o-papa-jesus-nao-um-fantasma-mas-uma-pessoa-viva.html
CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA
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