Em certo momento Jesus me disse: Vai falar com a Madre
Superiora e pede-lhe que te permita usar o cilicio por sete dias e uma vez,
durante a noite, te levantarás e irás à capela. Respondi que o faria, mas
tinha uma certa dificuldade de dirigir-me à Superiora. À tarde, Jesus
perguntou-me: Até quando vai adiar? Resolvi contar isso a Madre Superiora, logo
que a encontrasse. No dia seguinte, antes do meio-dia, percebi que a Madre
Superiora ia para o Refeitório, e como este, a cozinha e o quartinho de Irmã
Alojza são vizinhos, pedi a Madre Superiora que me acompanhasse ao quartinho da
Irmã Alojza e transmiti-lhe o desejo de Jesus. A isso respondeu-me a Madre:
¨Não permito que a Irmã use o cilício. Absolutamente nada. Se nosso Senhor der
à Irmã forças de um colosso, então permitirei essas mortificações. Pedi
desculpas a Madre se lhe tinha tomado seu tempo e saí do quartinho. Então vi
Nosso Senhor, que estava parado a porta da cozinha, e disse a Ele: ¨Mandastes
que eu fosse pedir licença para essas mortificações, e a Madre Superiora não as
quer permitir.¨ Então Jesus me disse: Estive aqui durante a conversa com a
Superiora, sei de tudo e não estou exigindo as tuas mortificações, mas a
obediência. Através disso, tu estás Me dando uma grande glória e granjeando
méritos para ti mesma. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de
Santa Faustina nº 28]. Jesus eu confio em Vós!
Muitos pretendentes apresentaram-se à mão da jovem. Os pais escolheram o mais próximo, D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que era também o mais dotado de qualidades. Isabel estava mais inclinada a encerrar-se num convento, no entanto, como era submissa, viu no pedido dos pais, a vontade do céu. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz.
Após a morte de seu marido, entregou-se inteiramente às obras assistenciais que havia fundado, não podendo vestir o hábito das Clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana, após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados.
A sua vida será marcada por quatro virtudes fundamentais: a piedade, a caridade, a humildade e a inquietude pela paz. Tornou-se uma mulher de grande piedade conservando em sua vida a prática da oração e a meditação da Palavra de Deus.
Isabel faleceu a 4 de Julho de 1336, deixando em testamento grandes legados a hospitais e conventos. O povo criou à sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres e a santa foi canonizada em 1625, pelo Papa Urbano VIII.
Por ordem do bispo D. Afonso de Castelo Branco abriu-se o túmulo real, verificando-se que o corpo da saudosa Rainha estava incorrupto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário