(193) Momento
da confissão.
O confessor
perguntou-me se naquele momento o Senhor estava presente e se eu O conseguia
ver. – “Sim, Ele está aqui e eu O vejo”. Pediu-me, então que Lhe perguntasse
sobre certas pessoas. Jesus nada me respondeu, mas olhou para ele. Porém,
terminada a confissão, quando eu estava rezando a penitência, Jesus me disse
estas palavras: Vai e consola-o de Minha parte. – Não compreendi o significado
dessas palavras, mas, imediatamente, repeti o que Jesus havia mandado. Editora
Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 466]. Jesus eu
confio em Vós!
Você tem dúvidas sobre a Confissão?
O Papa Francisco responde
A Confissão é uma grande e maravilhosa oportunidade de curar a alma e o coração
Em uma das suas catequeses, o Papa falou precisamente da confissão, um sacramento muitas vezes considerado “fora de moda” e cada vez menos praticado. No entanto, ela é um meio concreto para viver uma experiência da misericórdia do Deus vivo, que liberta o nosso coração do peso do pecado que nos oprime.
Deixemo-nos ensinar pelo Santo Padre, que responde de maneira muito simples e direta a várias objeções que costumamos colocar ao sacramento da Reconciliação.
Os trechos a seguir são palavras do Papa Francisco. O texto completo pode ser lido no site. Aqui, apenas colocamos alguns títulos, para que identifiquemos melhor seu conteúdo.
Para que serve o sacramento da Confissão?
O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando me confesso é para me curar, para curar a minha alma, o meu coração e algo de mal que cometi. O ícone bíblico que melhor os exprime, no seu vínculo profundo, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela médico das almas e, ao mesmo tempo, dos corpos (cf. Mc 2, 1-12; Mt 9, 1-8; Lc 5, 17-26).
A celebração deste sacramento é um ato eclesial?
Ao longo do tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública — porque no início era feita publicamente — para a pessoal, para a forma reservada da Confissão. Contudo, isto não deve fazer-nos perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital.
Com efeito, a comunidade cristã é o lugar onde o Espírito se torna presente, que renova os corações no amor de Deus, fazendo de todos os irmãos um só em Cristo Jesus. Eis, então, por que motivo não é suficiente pedir perdão ao Senhor na nossa mente e no nosso coração, mas é necessário confessar humilde e confiadamente os nossos pecados ao ministro da Igreja.
Por que precisamos nos confessar na frente de um padre?
Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa apenas Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um dos seus membros, que ouve comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com eles, os anima e acompanha ao longo do caminho de conversão e de amadurecimento humano e cristão.
Podemos dizer: eu só me confesso com Deus. Sim, podes dizer a Deus “perdoa-me”, e confessar os teus pecados, mas os nossos pecados são cometidos também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso, é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote.
Eu sinto vergonha de me confessar, o que faço?
“Mas padre, eu tenho vergonha…”. Até a vergonha é boa, é saudável sentir um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é bom. Quando uma pessoa não se envergonha, no meu país dizemos que é um “sem-vergonha”: um “sin verguenza”. Mas até a vergonha faz bem, porque nos torna mais humildes, e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e, em nome de Deus, perdoa.
A confissão também é um momento de desabafo humano?
Até do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que pesam muito no nosso coração. E assim sentimos que desabafamos diante de Deus, com a Igreja e com o irmão.
Não tenhais medo da Confissão! Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos tudo isto, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, grandes, bons, perdoados, puros e felizes. Esta é a beleza da Confissão!
Uma pergunta do Papa também para quem está lendo este texto:
Gostaria de vos perguntar — mas não o digais em voz alta; cada um responda no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto… Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso que os sacerdotes, Jesus receber-te-á com muito amor. Sê corajoso e vai confessar-te!
Fonte:https://pt.aleteia.org/2017/02/21/voce-tem-duvidas-sobre-a-confissao-o-papa-francisco-responde/
Não poucas vezes, demoramo-nos acalentando mágoas condenações contra nós mesmos, das quais costumamos sair desolados ou deprimidos, aumentando a incapacidade própria para qualquer reajuste. Teremos errado, reconheçamos. Lamentar-nos, porém, indefinidamente, seria o mesmo que segregar-nos em remorso, não só improdutivo mas destrutivo também, porquanto comunicaríamos o fogo de nossas próprias inquietações aos entes que mais amamos.Importante aceitar nossas culpas, mas desaconselhável acomodar-nos voluptuosamente com elas, sem a mínima diligência para extinguir-lhes os desastrosos resultados. Perdoar e amar será sempre a nossa melhor escolha. Isso o mestre Jesus nos ensinou a mais de dois mil anos e ainda hoje não aprendemos a lição.
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