Certo dia,
quando eu estava na adoração e o meu espirito estava como que agonizando por
Ele e eu não conseguia segurar as lágrimas, vi um espírito de grande beleza,
que me disse estas palavras: “Não chores – diz o Senhor”. – A seguir perguntei:
“Quem és tu?” – e ele me respondeu: “Sou um dos sete espíritos que permanecem
dia e noite diante do trono de Deus e glorificam-No sem cessar”. – Todavia,
esse espírito não apaziguou a minha saudade, mas despertou em mim uma saudade
de Deus ainda maior. Este espírito é muito belo, e a sua beleza provém da
estreita união com Deus. Este espírito não me abandona por um momento se quer,
acompanha-me por toda a parte. Editora Apostolado da Divina Misericórdia.
[Diário de Santa Faustina nº 471]. Jesus eu confio em Vós!
Há uma só morte que resgata o mundo e uma só ressurreição dos mortos
O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem consiste em levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade ocasionado por sua desobediência, à intimidade divina. A vinda de Cristo na carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo Evangelho, a paixão, a cruz, o sepultamento e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que, imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.
Portanto, para atingir a perfeição, é necessário imitar a Cristo, não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que ele nos deu durante a sua vida, mas também imitá-lo em sua morte, como diz São Paulo, o imitador de Cristo: Tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos (Fl 3,10).
Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em sua morte? Sepultando-nos com ele por meio do batismo. Em que consiste este sepultamento e qual é o fruto dessa imitação? Em primeiro lugar, é preciso romper com a vida passada. Mas ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a palavra do Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso pôr fim à antiga. Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira parte da corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes de iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.
E como imitar a Cristo na sua descida à mansão dos mortos? Imitando no batismo o seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam, de certo modo, sepultados nas águas. O batismo simboliza, pois, a deposição das obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo: Vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. Com Cristo fostes sepultados no batismo (Cl 2,11-12). Ora, o batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas contraídas por causa das tendências carnais, conforme está escrito: Lavai-me e mais branco do que a neve ficarei (Sl 50,9). Por isso, reconhecemos um só batismo de salvação, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais o batismo é figura.
Responsório - Rm 6,3.5.4a
R. Batizados em Cristo Jesus,
em sua morte nós fomos imersos.
* Se com ele nós somos um só,
por morte que é como a sua,
com ele seremos um só, por ressurreição como a sua.
V. No batismo nós fomos, irmãos,
sepultados com ele na morte.
* Se com ele.
Oração: Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Liturgia das horas.
Fonte: Liturgia das horas.
Perdoar e amar será sempre a nossa melhor escolha. Isso o mestre Jesus nos ensinou a mais de dois mil anos e ainda hoje não aprendemos a lição.
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