A misericórdia do Senhor é glorificada pelas almas santas no céu, por aquelas que sentiram em si essa infinita misericórdia. O que essas almas fazem no céu – eu começarei a fazer aqui na terra. Glorificarei a Deus pela sua infinita bondade e procurarei fazer com que as outras almas conheçam e glorifiquem essa indizível e insondável misericórdia de Deus. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 753]. Jesus eu confio em Vós!
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Mateus 27, 11 - 54 - forma breve
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus declarou:
— “É como dizes”.
Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?” 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”. 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles gritaram:
— “Barrabás”.
Narrador 2: 22Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram:
— “Seja crucificado!”
Narrador 2: 23Pilatos falou: “Mas, que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força:
— “Seja crucificado!”
Narrador 1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!” 25O povo todo respondeu:
— “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.
Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
— “Salve, rei dos judeus!”
Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:
— “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1: 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: 40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: 42”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! E acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador 2: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus, o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
— “Eli, Eli, lamá sabactâni?”
Narrador 2: Que quer dizer:
— “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Narrador 2: 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
— “Ele está chamando Elias!”
Narrador 2: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:
— “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
Narrador 2: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham.). 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muito corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
— “Ele era mesmo Filho de Deus!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Papa: no drama da pandemia,
pedir a graça de viver para servir
"O drama que estamos atravessando impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Palavras do Papa Francisco na homilia da missa neste Domingo de Ramos, celebrada na Basílica de São Pedro.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
Em meio à pandemia, não só a Praça São Pedro vazia, mas também a Basílica Vaticana, onde o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística neste Domingo de Ramos.
Com o Pontífice, o mestre das cerimônias litúrgicas, mons. Guido Marini, poucos diáconos, um único cardeal, alguns leigos e religiosas. Também o coral foi em número reduzido.
As oliveiras e os ramos perto do altar central lembravam a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém.
Na homilia, o convite do Papa foi para se deixar guiar pela Palavra de Deus na Semana Santa, que, quase como um refrão, mostra Jesus como servo: na Quinta-feira Santa, é o servo que lava os pés aos discípulos; na Sexta-feira Santa, é apresentado como o servo sofredor e vitorioso (cf. Is 52, 13); e já amanhã, Isaías profetiza: «Eis o meu servo que Eu amparo» (42, 1).
“Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus.”
Traição e abandono
O Senhor, explicou o Papa, nos serviu dando a sua vida por nós, a ponto de experimentar as situações mais dolorosas para quem ama: a traição e o abandono.
Jesus sofreu a traição do discípulo que O vendeu e do discípulo que O renegou, foi traído pela multidão, pela instituição religiosa e pela instituição política.
Quando sofremos traições, a vida parece deixar de ter sentido. Isso porque nascemos para ser amados e para amar.
“Olhemos dentro nós mesmos; se formos sinceros para conosco, veremos as nossas infidelidades. Tanta falsidade, hipocrisia e fingimento! Tantas boas intenções traídas! Tantas promessas quebradas! Tantos propósitos esmorecidos! O Senhor conhece melhor do que nós o nosso coração; sabe como somos fracos e inconstantes.”
O que Ele faz para nos servir é tomar sobre Si as nossas infidelidades, removendo as nossas traições. Assim, nós, em vez de desanimarmos com medo de não ser capazes, podemos levantar o olhar para o Crucificado e seguir em frente.
Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?
Sobre o abandono de Jesus, nada é mais impressionante do que as palavras pronunciadas por Ele na cruz: Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?
No abismo da solidão, pela primeira vez Jesus O designa pelo nome genérico de «Deus». Na realidade, explicou Francisco, trata-se das palavras de um Salmo (cf. 22, 2), que dizem como Jesus levou à oração inclusive a extrema desolação.
O porquê de tudo isto, mais uma vez encontramos na palavra serviço. Jesus morreu por nós, para nos servir. Lembremo-nos de que não estamos sós:
“Hoje, no drama da pandemia, perante tantas certezas que se desmoronam, diante de tantas expetativas traídas, no sentido de abandono que nos aperta o coração, Jesus diz a cada um: Coragem! Abra o coração ao meu amor.”
Estamos no mundo para amar a Ele e aos outros, disse ainda o Papa: “o resto passa, isto permanece. O drama que estamos atravessando impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor”.
Jovens: viver para servir
A exortação do Pontífice, nestes dias da Semana Santa, em casa, é permanecer diante do Crucificado. Diante de Deus, pedir a graça de viver para servir. “Procuremos contatar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer.”
A senda do serviço, concluiu Francisco, é o caminho vencedor, que nos salvou e salva a vida. E essas palavras foram dedicadas aos jovens, que hoje celebram a 35 Jornada Mundial da Juventude:
“Queridos amigos, olhem para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Sintam-se chamados a arriscar a vida. Porque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas... Como fez Jesus por nós.”
fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-04/papa-francisco-domingo-ramos-pandemia-graca-de-servir.html
Calendário
Este é o calendário das celebrações a serem presididas pelo Santo Padre na Semana Santa, que devido à pandemia do coronavírus, serão realizadas sem a presença de fiéis.
5 de abril de 2020 – Domingo de Ramos e a Paixão do Senhor
11h Roma (6h Brasília, 10h Portugal): Celebração da entrada do Senhor em Jerusalém e Santa Missa
9 de abril de 2020 – Quinta-feira Santa
18h Roma (13h Brasília, 17h Portugal): Santa Missa na Ceia do Senhor
10 de abril de 2020 – Sexta-feira Santa
18h Roma (13h Brasília, 17h Portugal): Celebração da Paixão do Senhor
21h Roma (16h Brasília, 20h Portugal): Via Sacra (no sagrado da Basílica de São Pedro)
11 de abril de 2020 – Sábado Santo
21h Roma (16h Brasília, 20h Portugal): Vigília Pascal na noite santa
12 de abril de 2020 – Domingo de Páscoa – Ressurreição do Senhor
11h Roma (6h Brasília, 10h Portugal): Santa Missa do dia
No final da Santa Missa, o Santo Padre concederá a bênção “Urbi et Orbi”.
fonte:https://pt.aleteia.org/2020/04/04/ao-vivo-neste-domingo-de-ramos-com-o-papa/
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