segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Jesus é o Filho do Homem. Jesus o Maior Homem de Todos os Tempos Eternamente.

Hoje ouvi na alma a voz: Oh! se os pecadores conhecessem a  Minha misericórdia, não se perderiam em tão grande número! Diz às almas pecadoras que não temam aproximar-se de Mim, fala-lhes da Minha grande misericórdia. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1396]. Jesus eu confio em Vós.

O Que Significa “Filho do Homem”? 
Jesus é o Filho do Homem?

Filho do Homem é o título mais utilizado por Jesus para se referir a si próprio no Novo Testamento. Essa expressão aparece pela primeira vez nos Evangelhos em Mateus 8:20, e depois é repetida em diversas outras passagens.

Mas para entendermos por que Jesus é chamado de Filho do Homem, precisamos conhecer o significado e a aplicação desse título desde o Antigo Testamento. Ao se autodesignar como o Filho do Homem, Jesus estava apontando para o cumprimento das Escrituras.

O significado da expressão “Filho do Homem” na Bíblia
A expressão “Filho do Homem” aparece desde o Antigo Testamento, e seu significado correto dependerá do contexto em que ela é aplicada. No Salmo 8:4, por exemplo, essa expressão significa simplesmente “homem”, e serve para apontar a debilidade e a dependência humana diante de Deus.

É exatamente nesse sentido que o profeta Ezequiel frequentemente é referido como sendo o “filho do homem” (Ezequiel 2:1-8; 3:1-25). Com base nesse uso do termo, algumas pessoas sugerem que a expressão “Filho do Homem”, quando aplicada a Jesus, simplesmente enfatizava que Ele era humano.

No entanto, essa interpretação não está correta. Existe um significado muito mais profundo quando Jesus é denominado como sendo o “Filho do Homem”. Para entendermos seu verdadeiro significado, precisamos recorrer ao livro de Daniel. É nesse livro que encontramos a explicação acerca da origem e do significado do título Filho do Homem aplicado a Jesus.

No capítulo 7 de seu livro, o profeta Daniel fala sobre suas visões à noite. Ele escreve que viu, vindo com as nuvens do céu, “um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele” (Daniel 7:13).

Em Mateus 26:64, o próprio Jesus declara algo maravilhoso. Ele diz: “Eu, porém, lhes digo, que desde agora verão o Filho do Homem sentado à mão direita do Poderoso, e vindo com as nuvens do céu”. A semelhança entre ambos os textos é inegável, e, obviamente, a expressão é utilizada para se referir a mesma pessoa.

O profeta Daniel ainda continua dizendo que foi dado ao Filho do Homem “domínio, e glória, e o reino; para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem. Seu domínio é eterno, e não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Daniel 7:14).

Só há Um que pode se enquadrar em tal descrição: Jesus Cristo, o Filho do Homem. Quando Estêvão estava sendo martirizado, ele entendeu perfeitamente o significado desse título, e prontamente declarou: “Eis que vejo os céus abertos; e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (Atos 7:56).

Mas por que Jesus é chamado de “o Filho do Homem”?
É verdade que a expressão “Filho do Homem” aparece mais de 80 vezes no Novo Testamento. Assim, o significado específico que cada uma dessas tantas ocorrências expressa, bem como a finalidade pretendida por Jesus ao usá-las, deve ser analisado caso a caso.

Todavia, em todas essas ocorrências existe um significado principal que geralmente se refere à humilhação de Jesus e/ou à sua exaltação. Ao apontar para o sentido de humilhação, Jesus é o Filho do Homem que não tinha morada permanente na terra, que muito sofreu, que foi traído, preso, morto e sepultado (cf. Mateus 8:20; 12:40; 17:12; 26:24).

Por outro lado, ao apontar para o sentido de exaltação, Jesus é o Filho do Homem que ressuscitou, que voltará em grande glória junto de seus anjos, e se assentará no trono para julgar (cf. Mateus 16:27; 17:9; 24:27-44; 25:31; 26:64).

É possível notar que o título “Filho do Homem” servia para revelar o próprio Cristo de forma gradual. Muito provavelmente nas primeiras vezes em que Jesus utilizou essa autodesignação, as pessoas entenderam que a expressão “Filho do Homem” significava, simplesmente, “um humano”. Mas conforme Jesus se revelava em seu ministério terreno, um significado mais profundo começava a despontar. Isto fazia com que as pessoas inevitavelmente perguntassem: “Quem é esse Filho do Homem?” (João 12:34).

Essa pergunta é respondida de forma muito clara na passagem já mencionada de Mateus 26:62-64. Nesse texto Jesus se mostrou como sendo aquele de quem Daniel testificou, o qual é glorificado na presença do Ancião de dias.

Para concluir, podemos dizer que o título “Filho do Homem” se refere ao sofrimento de Cristo; também ao seu ministério terreno, no sentido de ser uma afirmação de sua autoridade divina por meio das obras que Ele realizava; e ainda aponta de forma extraordinária para a consumação escatológica, onde o Cristo glorificado cumpre a profecia de Daniel.
Daniel Conegero Daniel Conegero
fonte:https://estiloadoracao.com/filho-do-homem/
Durante o mês de fevereiro trouxemos um pouco sobre os Homens na Bíblia, um tempo rico de reflexão e conhecimento, muitos  são exemplos a ser imitados. Foi um aprendizado para mim, e para você? Obrigada.

Novena "Almas Aflitas"
Segunda-feira, dia dedicado as Almas do Purgatório.
"Pai Eterno, eu vos ofereço o sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, intercedei pelas almas aflitas.
E vós, almas aflitas, ide perante a Deus e pedi a graça que necessito (fazer o pedido)". Rezar: Pai Nosso, Ave Maria e o Glória.

“Dai Senhor as almas o descanso eterno e que a luz perpétua as ilumine, Descansem em paz. Amém”.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

A boca fala do que o coração está cheio. Homem na Bíblia: José Pai de Jesus.

Desejo ocultar-me no vosso misericordiosíssimo Coração como uma gota de orvalho numa flor em botão. Escondei-me nesse cálice, para resguardar-me do gelo deste mundo. Ninguém compreenderá a felicidade com que se delicia o meu coração oculto, a sós com Deus. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1395]. Jesus eu confio em Vós.

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas 6:39-45

Naquele tempo: Jesus contou uma parábola aos discípulos: ‘Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.

Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio. Palavras da Salvação. Glória a vós, Senhor.

A História de José, “Pai” de Jesus

José de Nazaré foi marido de Maria, mãe de Jesus. Algumas vezes ele é chamado de José pai de Jesus, porque agia legalmente como pai para Jesus. Inclusive, os judeus da época consideravam Jesus como filho de José (Lucas 3:23; 4:22; João 1:45; 6:42).

São bem poucas as informações sobre a vida de José. Sabe-se que ele era um descendente legitimo da casa do rei Davi. Isso fica claro na genealogia de Jesus apresentada em Mateus 1.

Já a genealogia presente no Evangelho de Lucas, possivelmente não é a de José, mas a de Maria. De qualquer forma, ambos os Evangelhos demonstram claramente que Jesus não era filho José.

Mesmo em sua genealogia registrada em Mateus, o escritor enfatizou essa questão ao destacar que “Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo” (Mateus 1:16).

José era um carpinteiro que vivia em Nazaré, uma pequena aldeia na região da baixa Galiléia. Ele já aparece no relato bíblico como o noivo de Maria, uma virgem que morava no mesmo vilarejo.

Dos quatro Evangelhos, José não é mencionado apenas em Marcos. Ele recebe maior destaque no Evangelho de Mateus. O evangelista inclusive registra a revelação dada a José quando um anjo do Senhor lhe falou em sonho (Mateus 1:20-25).

A dificuldade de José em aceitar Maria
Maria ficou grávida num período em que já era noiva de José, mas antes de ter tido qualquer relação com ele. Esse noivado significava um compromisso matrimonial. No entanto, esse noivado era muito mais sério do que a noção que temos sobre um compromisso dessa natureza na atualidade.

Tal cerimônia consistia no ato dos noivos jurarem fidelidade mútua na presença de testemunhas. Isso implicava, num certo sentido, ser essencialmente o próprio matrimônio. É por isso que já naquele momento Maria era chamada de “esposa de José”, visto que legalmente ambos estavam desposados.

A partir daquele do noivado, restava apenas a festa de núpcias e o “começar a viver juntos”. Conforme a Lei, uma mulher desposada que praticasse infidelidade deveria ser castigada com a morte (Deuteronômio 22:23,24).

Foi durante esse período de intervalo que Maria engravidou sobrenaturalmente pela ação do Espírito Santo. Quando José tomou conhecimento da condição de Maria, a Bíblia diz que ele considerou divorciar-se dela em silêncio para não expô-la ao vexame público (Mateus 1:20).

Na verdade José tinha duas opções: iniciar uma demanda judicial contra Maria, ou despedi-la silenciosamente dando-lhe uma carta de divórcio. A primeira opção iria expor Maria diante de toda a sociedade. Já a segunda opção preservaria Maria de alguma forma.

Algumas tradições antigas sugerem que a atitude de José em querer divorciar-se de Maria, foi motivada não por sua desconfiança acerca de uma suposta traição, mas por se considerar indigno da tarefa de ser o marido da mulher escolhida para dar à luz ao Filho de Deus. Nesse sentido, tais tradições afirmam que José não se sentia capaz de servir como um pai de criação para Jesus.

Obviamente essa suposição é demasiadamente fantasiosa, e se choca diretamente com o que foi relatado no Evangelho de Mateus. O relato bíblico simplesmente parece indicar que aquela era uma reação natural de José. Ele era um homem que amava sua noiva, mas que pensava ter sido enganado. Aqui é importante lembrar que a Bíblia testifica que José era um homem bom, justo e temente a Deus (Lucas 1:6).

Um anjo aparece a José num sonho
Com base em Mateus 1:20, pode-se concluir que José estava sofrendo muito com aquela situação, pois certamente ele amava Maria. Então, durante um sonho, um anjo do Senhor lhe apareceu para fortalecê-lo e confortá-lo. O anjo lhe disse que ele não deveria hesitar em assumir Maria como esposa e a levar para casa. Isso porque que sua gravidez era uma ação sobrenatural do Espírito Santo.

Nessa ocasião, José foi chamado pelo anjo de “filho de Davi”, uma expressão também aplicada a Jesus em diversas vezes e que nesse contexto significava explicitamente que José era o herdeiro legal de Davi. Conforme foi dito, a árvore genealógica descrita em Mateus deixa isso evidente.

Diferentemente de Maria que foi mãe biológica de Jesus, José não foi pai de Jesus no sentido físico. Mas é válido saber que sua paternidade legal também era importante, visto que principalmente pela linhagem de José, um filho de Davi, o direito ao trono de Davi foi transmitido a Jesus.

Também é interessante notar que o anjo do Senhor, assim como havia feito com Maria, deu ordem a José dizendo que o nome a ser dado ao menino seria Jesus (Mateus 1:21).

José, o “pai” de Jesus
Depois da revelação que teve, José assumiu Maria como sua esposa e desempenhou o papel de “pai” para o menino Jesus. Após o nascimento de Jesus em Belém, José o levou a Jerusalém para a purificação (Lucas 2:22). Depois, como chefe da família, José fugiu com ele para o Egito a fim de escapar da perseguição invejosa de Herodes, conforme a instrução recebida do anjo do Senhor (Mateus 2:13-15).

Quando voltou do Egito, José se estabeleceu novamente em Nazaré, onde Jesus foi criado e aprendeu sua profissão (Marcos 6:3). Anualmente José levava sua família para Jerusalém, por ocasião da celebração da Páscoa (Lucas 2:41-52).

É difícil saber se José ainda estava vivo quando Jesus iniciou seu ministério público. Alguns estudiosos, baseados em João 6:42, sugerem que talvez ele ainda estivesse vivo; porém admitem que provavelmente ele tenha morrido durante esse período, visto que ele não é mencionado juntamente com Maria e os irmãos de Jesus em outras referências (Mateus 12:46-50; Marcos 3:31-35 e Lucas 8:19-21).

Além disso, por José não ser mencionado na ocasião da crucificação de Jesus, e pelo fato de Maria ter sido recomendada aos cuidados do apóstolo João por Jesus, conclui-se que José já havia morrido nesse tempo.

Apesar dos poucos detalhes, certamente pode-se afirmar que José, o pai de Jesus no sentido legal, era um homem de grandes qualidades, fiel e obediente ao Senhor.
fonte:https://estiloadoracao.com/jose-pai-de-jesus/
Daniel Conegero Daniel Conegero

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos. Homem na Bíblia: Tomé.

26.[11.1937]

 

Retiro mensal de um dia

 

  Nesse retiro, o Senhor concedeu-me a luz de um conhecimento mais profundo da Sua vontade e, ao mesmo tempo, de uma total submissão a essa santa vontade de Deus. Essa luz me confirmou numa profunda paz, dando-me a compreensão de que nada devo temer, a não ser o pecado. Tudo o que Deus me enviar, o aceito com total submissão à Sua santa vontade. Onde quer que me coloque, procurarei cumprir fielmente a Sua santa vontade e fazer tudo aquilo que  agrada a Ele, na medida em que estiver ao meu alcance, ainda que essa vontade de Deus seja para mim tão árdua e penosa -  como a do Pai celestial para com Seu Filho, quando Ele orava no Jardim das Oliveiras. Eis que compreendi que, se a vontade do Pai celestial se cumpre dessa forma em Seu Filho dileto, da mesma  maneira se cumprirá também em nós – pelos sofrimentos, perseguições, injúrias, desprezo – é por tudo isso que a minha alma se assemelha a Jesus. E, quanto maiores forem os sofrimentos, sei que com isso me assemelho a Jesus – esse é o caminho mais seguro. Se houvesse outro caminha melhor, Jesus o mostraria para mim. Os sofrimentos não  me tiram a tranquilidade, tal como a profunda serenidade não apaga em mim a sensação dos sofrimentos. E, se muitas vezes, tenho o rosto voltado para o chão e as lágrimas correm com abundância, no entanto, naquele mesmo momento a minha alma está repleta de uma profunda paz e felicidade. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1394]. Jesus eu confio em Vós.

CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA 

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos, em ato de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo.
Sob a proteção do vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém.

TOMÉ
Quem Foi o Apóstolo Tomé?
Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus. Em algumas passagens bíblicas ele é chamado de Dídimo, que significa “gêmeo” (João 11:16; 20:24; 21:2). A história de Tomé na Bíblia está registrada nos quatro Evangelhos do Novo Testamento, além de também ele ser mencionado no livro de Atos ao lado dos demais apóstolos.

Quem foi Tomé?
Não se sabe muito sobre a biografia de Tomé com relação a sua vida pessoal, origem etc. Seu nome, Tomé, é de origem aramaica e também significa “gêmeo”, assim como sua forma grega, Dídimo. Na verdade é o apóstolo João quem acrescentou a forma grega de seu nome, muito provavelmente por estar escrevendo para leitores gregos.

Devido ao significado de seu nome, parece evidente que ele tenha tido um irmão gêmeo, porém não existe qualquer informação sobre esse irmão ou irmã do apóstolo. Também é no Evangelho de João que encontramos as melhores informações sobre quem foi Tomé, visto que nos outros Evangelhos e no livro de Atos ele é meramente mencionado na lista que traz os nomes dos apóstolos (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:15; Atos 1:13).

A personalidade de Tomé
Tomé aparece na Bíblia como sendo alguém de extremos, isto é, ele demonstrava ao mesmo tempo pessimismo e uma enorme devoção ao Senhor. Isso fica bastante claro na narrativa sobre a ressurreição de Lázaro, o irmão de Marta e Maria, amigo de Jesus.

Na ocasião, considerando a ameaçava real de apedrejamento caso Jesus fosse à Judéia, Tomé declarou: “Vamos também nós para morrermos com ele” (João 11:16). Essa declaração expressa muito bem seu desânimo e pessimismo, isto é, ele era alguém que espera primeiro a desgraça. No entanto, essa mesma declaração mostra sua aptidão a morrer juntamente com o seu Senhor.

É verdade que alguns comentaristas defendem que essa frase não se refere à ideia de morrer com Jesus, mas aponta para a situação de Lázaro, especialmente considerando o fato de que quando Jesus realmente foi preso e levado à morte, os discípulos fugiram.

Todavia, essa interpretação não faz nenhum sentido à luz do versículo 8 do mesmo capítulo 11 de João, onde encontramos explicitamente a informação de que os judeus procuravam apedrejar Jesus.

O fato de Tomé nesse episódio declarar que morreria com Jesus na Judéia, em nada contradiz seu sumiço no momento da crucificação. Devemos nos lembrar de que o apóstolo Pedro também afirmou que nunca negaria Jesus, mas no final o resultado foi outro. Isso não significa falta de sinceridade, apenas falta de coragem (cf. Mateus 26:35).

Mais tarde, Tomé também demonstrou dúvida acerca do ensino do Senhor Jesus de que os discípulos conheciam o caminho para onde Ele estava indo, ao dizer: “Senhor, não sabemos para onde estás indo; como podemos conhecer o caminho?” (João 14:5).

É possível que Tomé, nesse questionamento, estivesse representado o pensamento dos outros discípulos. De qualquer forma, essa frase revela certa fraqueza, mas que é imediatamente confrontada com a conhecida resposta do Senhor Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6).

Tomé viu o Cristo ressurreto
Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos, porém Tomé estava ausente. Mais tarde, quando os demais apóstolos lhe contaram que o Jesus havia aparecido, Tomé revelou certa incredulidade (João 20:24,25).

Essa atitude parece se harmonizar com seu caráter um tanto quanto pessimista. Demonstrando nervosismo, Tomé exigiu provas tangíveis para poder acreditar na ressurreição de seu Mestre. Ele queria ver com seus próprios olhos e tocar com seus dedos as marcas dos cravos nas mãos de Jesus e seu lado que havia sido transpassado por uma lança.

Isso significa que Tomé estava disposto a acreditar na ressurreição, mas não antes de receber provas concretas. Ele precisa se certificar de que Aquele a quem os discípulos estavam dizendo ter visto realmente era seu Mestre. Ele queria provar o que os outros tinham provado, isto é, ver o Senhor Jesus pessoalmente, e ainda ir mais além, tocar nas terríveis cicatrizes.

Oito dias depois, estando os discípulos reunidos, Jesus apareceu no meio deles, mesmo com as portas e janelas do lugar onde estavam, trancadas. Então, Ele se dirigiu a Tomé e o convidou a tocar em suas feridas, exortando-o a não ser incrédulo, mas crente (João 20:27). Nesse episódio, com relação a sua natureza divina, Jesus revelou o atributo da onisciência.

O texto bíblico não esclarece se Tomé tocou ou não nas feridas de Jesus, ou se apenas esse terno convite, respondendo nos mínimos detalhes a sua exigência, já tenha bastado. Muito provavelmente ele tocou, mas em todos os casos, seja qual tenha sido sua reação, ela o conduziu prontamente a sua profunda declaração de fé: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28).

Essa declaração apontava diretamente para verdade de que Jesus é realmente Deus, uma das pessoas da Santíssima Trindade (cf. João 1:1-3). Tomé também estava presente junto aos discípulos que pescavam num barco no mar da Galileia quando Jesus novamente apareceu a eles (João 21).

A morte do apóstolo Tomé
Além dos relatos bíblicos, pouca coisa se sabe sobre o restante da vida de Tomé. Existem muitas especulações a seu respeito baseadas em lendas e antigas tradições cristãs. Uma dessas tradições conta que Tomé pregou o Evangelho na Índia e Síria.

Também não é possível afirmar qualquer coisa realmente confiável sobre como se deu sua morte. Algumas tradições atribuem a ele a autoria do apócrifo Evangelho de Tomé, mas na verdade seu conteúdo carregado de influências gnósticas em nada lembra o verdadeiro apóstolo que andou com o Senhor Jesus.

Apesar de alguns críticos recuarem a data da composição desse livro até o primeiro século, provavelmente essa obra foi escrita somente no século 2 d.C. na região da Síria, justamente onde existem fortes tradições sobre o apóstolo Tomé. Isso significa que algum autor gnóstico se aproveitou do nome de Tomé como pseudônimo para sua obra, possivelmente para facilitar a divulgação de suas ideias.

Finalmente, podemos dizer que tudo o que realmente era importante que soubéssemos sobre quem foi Tomé está registrado na Bíblia, e certamente já é o suficiente para conhecermos um pouco mais sobre o popularmente conhecido “incrédulo Tomé”, que nos Evangelhos aparece como alguém que tinha seus defeitos, mas que também tinha uma profunda devoção ao Senhor Jesus.
fonte:https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-apostolo-tome/
Daniel Conegero Daniel Conegero


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Coração de Jesus na Eucaristia, amável companheiro do nosso exílio, eu Vos adoro. Homem na Bíblia: Zacarias.

J.M.J.

                                

                       Jesus, delicia da minha alma, Pão dos anjos,

                       Todo o meu ser mergulha em Vós,

                       E vivo com a Vossa vida Divina, como os eleitos no céu.

                       E a verdade dessa vida não cessará, ainda que eu descanse no túmulo.

 

                       Ó Jesus- Eucaristia, ó Deus imortal,

                       Que permaneceis continuamente em meu coração,

                       Quando Vós estais, a própria morte não pode me prejudicar. 

                       O amor me diz que Vos verei ao fim da vida

 

                       Impregnada de Vossa vida Divina,

                       Olho tranquila para o céu para mim aberto,

                       E a morte envergonhada se afastará de mãos vazias,

                       Porque a Vossa vida Divina em minha alma é contida.

 

                       E, ainda que pela Vossa santa vontade, ó Senhor,

                       A morte tenha que atingir meu corpo,

                       Desejo que esse desenlace ocorra o quanto antes,

                       Porque através dele ingressarei na vida eterna.

 

                       Jesus- Eucaristia, vida de minha alma,

                       Vós me elevastes às esferas eternas,

                       pela Vossa Paixão e agonia em terrível suplício. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1393]. Jesus eu confio em Vós.

ORAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NA EUCARISTIA
“Coração de Jesus na Eucaristia, amável companheiro do nosso exílio, eu Vos adoro! 
Coração Eucarístico de Jesus, Coração solitário, eu Vos adoro!
Coração humilhado, eu Vos adoro!
Coração abandonado, Coração esquecido, Coração desprezado, Coração ultrajado, eu Vos adoro!
Coração desconhecido dos homens, Coração amante, eu Vos adoro
Coração bondoso, eu Vos adoro!
Coração que desejais ser amado, Coração paciente em esperar-nos, eu Vos adoro!
Coração interessado em atender-­nos, Coração desejoso de ser suplicado, eu Vos adoro!
Coração, fonte de novas graças, silencioso, que desejais falar às almas, eu Vos adoro!
Coração, doce refúgio dos pecadores, eu Vos adoro!
Coração, que ensinais os segredos da união divina, eu Vos adoro!
Coração Eucarístico de Jesus, eu Vos adoro!
Quem Foi o Profeta Zacarias na Bíblia?

O Profeta Zacarias foi um homem levantado por Deus para profetizar no tempo da restauração do povo de Israel do exílio na Babilônia. O nome Zacarias significa “Yahweh lambra-se”, ou seja, “aquele de quem Deus se lembra”.

Zacarias era um nome muito comum entre o povo hebreu, de forma que muitos personagens bíblicos aparecem com este nome, principalmente no Antigo Testamento. 

A História do profeta Zacarias
O profeta Zacarias nasceu em uma família de sacerdotes ainda na Babilônia. Sua família estava entre os quase cinquenta mil exilados que retornaram do exílio babilônico após a permissão do rei Ciro.

Zacarias era filho de Baraquias, porém em algumas passagens bíblicas ele aparece como sendo filho de Ido, que na verdade era seu avô (Zc 1:11; cf. Ed 5:1; 6:14; Ne 12:4,16). Para explicar isto, acreditasse que seja possível que seu pai, Baraquias, tenha morrido quando Zacarias ainda era muito jovem, ou seu avô, Ido, talvez tenha sido uma figura mais proeminente que seu pai.

Além de profeta, Zacarias também era sacerdote, assim como os profetas Jeremias e Ezequiel também foram antes dele. Zacarias foi contemporâneo do profeta Ageu, de Zorobabel, o líder político dos judeus que retornaram do exílio e de Josué, filho de Jozadaque e sumo sacerdote da nação (Zc 3:1; 4:6; 6:11; Ed 5:1,2).

O ministério do profeta Zacarias    
O ministério profético de Zacarias está registrado, principalmente, no livro do Antigo Testamento que traz seu nome, e no livro de Esdras. No entanto, Zacarias também é mencionado no livro de Neemias.

O profeta Zacarias começou a profetizar cerca de dois meses depois de Ageu também ter começado a profetizar (Ag 1:1; cf. Zc 1:1), isto é, no oitavo mês do segundo ano de reinado do rei Dario, em 520 a.C.

A mensagem profética, tanto do profeta Zacarias quanto o profeta Ageu, era de encorajamento acerca da obra de restauração do Templo, além de revelações sobre as bênçãos futuras da nação.

O contexto histórico do ministério do profeta Zacarias nos mostra que aquele era um período muito significativo da história judaica. Os exilados haviam conseguido a permissão para retornarem a sua terra, e entusiasmado, se propuseram a reconstruir o Templo em Jerusalém que tinha sido destruído.

Em 535 a.C., eles conseguiram lançar os alicerces do Templo (Ed 3:8-13), porém devido à oposição dos samaritanos, o trabalho de restauração ficou paralisado até o reinado de Ciro, ou seja, durante pelo menos 14 anos nada foi feito nesse sentido.

Algumas pessoas questionam sobre o porquê de Zacarias e Ageu terem ficado em silêncio durante esse período. Uma explicação bem provável é que ambos ainda eram crianças quando retornaram com suas famílias do exílio em 537 a.C., ou então eles não retornaram nesse grupo de exilados, mas em outro grupo posteriormente. De qualquer forma, provavelmente os dois profetas não eram adultos nessa época.

Com base na explicação acima, então podemos supor que o profeta Zacarias era ainda muito jovem quando começou a profetizar. Com as exortações de Zacarias e Ageu, o trabalho foi reiniciado, porém num determinado momento mais uma vez houve oposição externa, com o questionamento de Tatenai, governador Persa; e também oposição interna, com os judeus desaminados e pessimistas com relação à construção do Templo, achando eles que, a escassez de recursos, os obstáculos, e a inferioridade da construção atual em comparação com o primeiro Templo de Salomão, significavam um tipo de reprovação do próprio Deus.

É neste cenário que os profetas Zacarias e Ageu profetizaram, convocando o povo ao arrependimento da negligência que estavam demonstrando, e encorajando-os a confiarem nas promessas do Senhor. O povo respondeu as mensagens do Senhor proclamadas através dos dois profetas, e em 515 a.C. o trabalho foi concluído.

As profecias de Zacarias
As profecias do profeta Zacarias, além de tratar das questões relacionadas à reconstrução do Templo, também apontavam para a realidade do reino de Deus no futuro. Assim, algumas profecias do profeta Zacarias possuem uma aplicação imediata, num futuro próximo a restauração da comunidade após o exílio.

Todavia, outras profecias de Zacarias apontam para um futuro mais distante de sua época, onde Deus traria bênçãos para Jerusalém por meio da linhagem de Davi, de modo que Zorobabel era apenas a continuidade da linhagem, e não o seu fim.

Logo, o profeta Zacarias profetizou claramente sobre a vinda do Messias, o último filho de Davi. Zacarias profetizou sobre a entrada triunfal de Jesus (Zc 9:9-10; cf. Mt 21:1-11), sobre a traição e morte de Cristo (Zc 13:7) e sobre a promessa da habitação de Deus no meio de Seu povo, realizada finalmente em Cristo (Zc 2:5,10; cf. Jo 1:14).

A própria celebração registrada em Zacarias 14:16-20, encontrará seu cumprimento pleno no reinado do Cordeiro no novo céu e nova terra (Ap 21:1-3).

Zacarias, pai de João Batista
Certamente esse Zacarias é o mais conhecido depois do profeta Zacarias. Zacarias foi um sacerdote, e pai de João Batista (Lc 1:5-25; 3:2). Certa vez ele recebeu a visita do anjo Gabriel enquanto estava executando suas funções sacerdotais no Templo.

O anjo lhe trouxe a notícia de que seria pai, porém sua primeira reação foi a incredulidade. Como consequência, Zacarias ficou temporariamente mudo, e provavelmente surdo, até que Izabel deu à luz ao filho do casal.

A forma com que Zacarias voltou a falar impressionou toda a região da Judeia, e as pessoas começaram a especular quem era aquele menino que havia nascido (Lc 1:64-66). Tomado pelo Espírito Santo, Zacarias também profetizou sobre o ministério do Messias (Lc 1:68-79).

Outros Zacarias na Bíblia
Como dissemos, há pelo menos 30 personagens bíblicos designados como Zacarias na Bíblia. A maioria deles aparece apenas uma ou duas vezes na narrativa bíblica. Além dos dois Zacarias já apresentados, citaremos alguns destes homens que tiveram esse nome.

Um chefe da tribo de Rúbem que viveu em aproximadamente em 740 a.C. (1Cr 5:6,7).
Filho de Meselemias, guarda da porta ao norte do Tabernáculo (1Cr 9:21; 26:2,14).
O primeiro colonizador israelita de Gibeão (1 Cr 9:35,37), também citado como “Zequer” em 1 Crônicas 8:31.
Um levita que tocou quando a Arca da Aliança foi trazida a Jerusalém (1Cr 15:14.18,20; 16:5).
Um príncipe de Judá enviado pelo rei Josafá para ensinar a Lei ao povo judeu (2Cr 17:7).
Um levita da família de Asafe que foi atuante, juntamente com o rei Ezequias, na purificação do Templo (2Cr 29:13). Também houve outro Zacarias da casa de Asafe que viveu na época do reinado de Josafá (2Cr 20:14).
Um dos últimos reis do reino do norte, Israel, filho de Jeroboão II, que reinou em 753 a.C. (2Rs 14:29). Ele reinou apenas seis meses e foi assassinado por Salum, terminando assim a dinastia de Jeú (2Rs 15:8-12).
Provavelmente um sacerdote no reino do rei Josias (2Cr 35:8).
Um dos homens de destaque que foram enviados por Esdras para buscarem levitas e pessoas que desempenhavam serviços no Templo para retornarem a Jerusalém (Ed 8:16).
Um profeta que viveu durante o reinado do rei Uzias. Enquanto o rei seguiu os seus conselhos, houve prosperidade (2Cr 26:5).
Existem ainda outros Zacarias na narrativa bíblica do Antigo Testamento, de maneira que é até difícil conseguir distinguir quando algumas citações se referem a um certo Zacarias ou a outra pessoa com o mesmo nome. Um exemplo disto são as referências sobre Zacarias que aparecem nos livros de Esdras e Neemias.

Para finalizar, um personagem com este nome que certamente merece destaque é o Zacarias mencionado em 2 Crônicas 24:20-22. Esse Zacarias foi filho do sumo sacerdote Joiada durante o reinado do rei Joás, em Judá.

Naqueles tempos, Judá retornou à idolatria, e Zacarias, movido pelo Espírito de Deus, repreendeu severamente a nação por conta daquela conduta pecaminosa. A denúncia de Zacarias incomodou os nobres de Judá que, juntamente com o rei, planejaram apedrejá-lo até a morte no átrio do Templo.

Muito provavelmente esse é o Zacarias citado por Jesus em Mateus 23:35 e Lucas 11:51. Na verdade, a identificação desse Zacarias oferece algumas dificuldades. O problema é que o Zacarias, filho de Baraquias, é o profeta Zacarias que estudamos no início deste texto, e se caso o profeta tivesse sofrido tal martírio, provavelmente haveria alguma referência sobre isto nos livros de Esdras, Neemias ou Malaquias.

A tradição judaica afirma que o profeta Zacarias morreu de causas naturais na Judéia, com idade bastante avançada, e foi sepultado perto do tumulo de Ageu.

Por outro lado, quando comparamos a expressão utilizada por Jesus com a expressão dita pelo Zacarias, filho de Joiada que aparece em Crônicas, na hora de sua morte, entendemos que possivelmente se trata da mesma pessoa.

Em Lucas lemos o Senhor dizendo que “desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração” (Lc 11:51). Já em Crônicas lemos que, prestes a morrer, Zacarias disse: “O Senhor o verá, e o requererá” (2 Cr 24:22).

Outra informação importante é que o livro de 2 Crônicas é o último livro da Bíblia hebraica. Assim, a expressão “de Abel a Zacarias” poderia ser uma expressão hebraica equivalente a nossa “de Gênesis ao Apocalipse”.

Para resolver o problema das palavras “filho de Baraquias” que aparece em Mateus, os estudiosos sugerem três possibilidades. A primeira entende que o Zacarias mencionado pelo Senhor realmente tenha sido o profeta Zacarias, e que neste caso seu martírio não foi documentado e a tradição judaica está errada.

A segunda possibilidade sugere que o Zacarias do livro de 2 Crônicas tenha sido neto de Joaiada, e não filho, e que seu pai então também se chamava Baraquias, mas por algum motivo não foi citado em 2 Crônicas.

A terceira possibilidade sugere que as palavras “filho de Baraquias” que aparecem no Evangelho de Mateus trata-se de uma adição equivocada de um copista, visto que ela não aparece nos melhores manuscritos do Evangelho de Lucas.
FONTE:https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-profeta-zacarias/
Daniel Conegero Daniel Conegero

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Senhor, meu Pai, recolho-me nas dobras do teu silêncio. Homem na Bíblia: Dimas.

Tudo o que há de bom em mim -  foi realizado pela santa Comunhão; a Ela devo tudo. Sinto que esse fogo santo transformou-me inteiramente. Oh! como me alegro por ser uma morada Vossa, Senhor! O meu coração é um templo em que permaneceis continuamente. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1392]. Jesus eu confio em Vós.

ORAÇÃO DO SILÊNCIO DIANTE DO 
SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Senhor, meu Pai,
neste momento especial de mais profunda calma,
quero abrir-te a minha alma.
Sinto-me grato e feliz pelo bem que este momento de silêncio me faz.
Senhor, meu Pai,
nem sempre soube valorizar a graça da tua pacificadora companhia.
Sem necessidade me entreguei à agitação barulhenta e febril
que me distanciou de mim mesmo e de ti.
Senhor, meu Pai,
recolho-me nas dobras do teu silêncio
para captar melhor a suavidade da tua presença e a energia do teu amor.
O silêncio que me invade plenifica-me por inteiro
e restitui o significado último do meu ser diante de Ti.
Senhor, meu Pai,
fortalece-me sempre com o teu silêncio,
para que construa na paz todo o meu viver. Amém.

Graças e louvores se deem a todo momento, 
ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento! (3 vezes)

“Ó minha alma, louva ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu for vivo.” Salmo 146,1
Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam" (3 vezes)
DIMAS
A sabedoria de Dimas no calvário
Dimas, o bom ladrão, foi de uma sabedoria impressionante lá no Calvário. Com efeito, ele não pediu nada determinadamente, mas assim se dirigiu a Cristo: “Lembra-te de mim quando vieres com teu reino”. Neste caso Ele nos ensina que é de Deus o dar e dar o que é melhor. Quando esperamos do Ser Supremo a graça, supomos que Sua liberalidade infinita pode nos amparar.
Quando, porém, não especificamos o que queremos honramos Sua sabedoria. Quantas vezes nos dirigimos a Deus mais exigindo do que pedindo.

Com Dimas deveríamos apenas apresentar o problema ao Todo-Poderoso e deixar a Ele a solução. Muitas vezes, o homem quer enquadrar Deus nos seus limitados esquemas mentais e, por isso, em vez de obter mais, recebe menos. Dimas solicitou apenas uma lembrança e ganhou o Paraíso! Impetrou uma recordação e foi envolvido numa absolvição geral de suas culpas. Observemos ainda que ele não determinou nem o dia nem a hora da reminiscência de Jesus: “Quando estiveres”, mas é logo atendido: “Hoje”.

Antes, a mãe dos filhos de Zebedeu pedira que Tiago e João estivessem assentados à direita e à esquerda do grande Rei. Dimas é bem mais modesto: quer apenas ser lembrado e tem a garantia do que mais devemos aspirar: ganhar um lugar no Paraíso!
Que diálogo foi mais expressivo do que este entre dois crucificados? Como um deles era o Senhor Onipotente uma cruz se transformou em altar; um pecador, em um santo; um proscrito em um eleito. Dimas forçou a primeira canonização da História com seu gesto de confiança e humildade, de arrependimento e santo desejo.

Dimas foi extremamente objetivo e com cinco ideias ele conquista o céu: “Lembra-te de mim quando vieres com teu reino”.
Estas cinco ideias expressas com cinco palavras o jogou nas cinco chagas redentoras de Nosso Senhor Jesus Cristo, portas gloriosas daquele reino que ele então brilhantemente conquista.

É impressionante esta conversão de Dimas porque, ao contrário de muitos, ele não presenciara os prodígios estupendos que Cristo fizera. Ele não estivera no Tabor contemplando as glórias do Transfigurado. Ele não vira Jesus andando sobre as águas. Ele não escutara a voz do Pai lá no Jordão nem ouvira o testemunho do Batista sobre o Cordeiro de Deus. Que surpresa! Os agraciados ausentaram-se, os amigos esconderam-se, as autoridades religiosas injuriam, soldados romanos martirizam, Cristo é condenado e desprezado e apenas um ladrão naquele instante o reconhece como Rei poderoso! Misterioso é sempre o encontro de Jesus com a alma do homem.

Poderosa a influência da graça no coração arrependido. Conversão admirável, pois Dimas aceita contrito o castigo em reparação de seus crimes: “Estamos pagando por nossos atos”. Faz um ato de fé, pois acredita na soberania do Divino Crucificado. Faz-se um pregador do bem, pois tenta converter a Gestas: “Não temes a Deus”?

Feliz Dimas que abriu as portas de seu coração à influição de um chamado celeste e depositou uma esperança em Jesus e Lhe arrebatou o perdão, ganhando a primeira indulgência plenária advinda do sacrifício redentor. Nas encruzilhadas da vida
Cristo continua Seus encontros com os filhos dos homens. Neles está sempre a repetir para os que O aceitam: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. Cenas maravilhosas da adesão do ser racional à Sua redenção.

De todas as verdades teológicas e filosóficas uma das mais complexas é a conciliação da liberdade humana com a Onipotência e a Onisciência Divinas. O tratado da graça é um dos mais difíceis de toda a Teologia.

Regulando nossos destinos por um sistema de sabedoria que ultrapassa a capacidade cognoscitiva da razão humana, o Ser Supremo assiste o desenrolar dos atos do homem e só Ele sabe até que ponto pode chegar a malícia de cada um para fechar definitivamente as vias do perdão e da clemência.

Como o homem é livre ele pode, no encontro com Jesus, ou repetir o gesto de Dimas e conquistar o céu ou reeditar a postura de Gestas e não aceitar a salvação, desejando prosseguir no erro e nas trevas.

Um dia, assentado à beira de um poço, Cristo aguardou a Samaritana e a redimiu. Encontro sublime tantas vezes repetido em Sua passagem por este mundo, como ocorreu com Zaqueu, Mateus, Madalena e tantos outros. Tais encontros se prolongariam, século após século, por meio do mistério da graça divina a visitar as consciências. A milhares Ele está a reiterar a sentença gloriosa: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.

Na estrada de Damasco alguém que odeia a Cristo se encontra frente a frente com Ele e, então, já não existe mais Saulo, mas o grande apóstolo Paulo. Foi isso que escutou Santo Agostinho, quando, por força das preces de sua santa mãe, Mônica, se voltou para Deus.

Do mesmo modo, nas trevas de uma existência trevosa, uma jovem de Cortona, na Itália, andava pelas sendas do mal. Ei-la um dia diante do cadáver de alguém que fora assassinado. Interroga-se: “Onde estará sua alma”? Converte-se e se torna Santa Margarida de Cortona.

Os fatos se multiplicam nas crônicas dos grandes convertidos que repetiram a atitude de Dimas. Nas agras regiões da vida, dificultadas pelos espinhos da culpa, devastadas pelas tempestades do pecado, ainda que perdido no mais profundo abismo de seus erros, sempre que, num gesto de confiança, alguém se voltar para Cristo com sincero arrependimento, imediatamente, ouvirá a palavra de paz, de conforto, de luz, de salvação, conquistando o Paraíso.

Estejamos, porém, alertas porque se Dimas viveu mal e morreu muito bem, os que contemplam os prodígios da Misericórdia Divina e se acham imersos nos favores celestes não podem facilitar, pois Cristo foi muito claro: “Vigiai, portanto, pois não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25,13).
fonte:https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/a-sabedoria-de-dimas-no-calvario/