10.11.[1937] Quando a madre me mostrou o livrinho no qual estão o Terço, a Ladainha e a Novena, pedi-lhe que me desse para dar uma olhada. Enquanto o estava olhando, Jesus me fez conhecer interiormente: Já há muitas almas atraídas ao Meu amor através da Imagem. A minha misericórdia atua nas almas através deste obra. – Conheci que muitas almas obtiveram a graça de Deus. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1379]. Jesus eu confio em Vós.
Ó Virgem Puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadette, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala, e nós falamos com Ele. Ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma, que nos ajudam a conservar-nos sempre unidos em Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso, (pedir a graça). Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós.
Quem Foi o Profeta Jeremias?
Quem foi Jeremias?
Jeremias foi filho Hilquias e nasceu na cidade de Anatote, no território de Benjamim. Isso ocorreu aproximadamente em 650 a.C., no final do reinado do rei Manassés de Judá. Anatote era um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três quilômetros de distância de Jerusalém (Josué 21:17-18; cf. Jeremias 11:21-23).
Jeremias era um sacerdote, além de ser um profeta. Ele viveu num dos períodos mais conturbados da história do Oriente Antigo. Quando Jeremias nasceu, Israel, o Reino do Norte com capital em Samaria, já havia caído há pelo menos 70 anos diante do Império Assírio.
O nome Jeremias pode ser escrito de duas formas diferentes em hebraico; uma mais longa, Yirmeyahu, e outra mais curta, Yirmeya. No grego, esse nome aparece como Ieremias. Existem duas possibilidades para o seu significado. Jeremias pode significar “o Senhor edifica”, no sentido de exaltar; ou “o Senhor lança”.
Considerando também o significado do nome do pai do profeta Jeremias, Hilquias, que significa em hebraico “o Senhor é a minha porção”, muito provavelmente a família de Jeremias era fiel ao Senhor mesmo durante as terríveis práticas idólatras durante o reinado de Manassés.
A história de Jeremias: Sua infância e juventude
Durante a infância do profeta Jeremias, os reinados de Manassés e Amom foram caracterizados pela apostasia e idolatria (2 Reis 21). O próprio rei Manassés anulou completamente as reformas iniciadas pelo rei Ezequias, seu pai.
Apesar disso, na cidade sacerdotal de Anatote Jeremias teve contato com a tradição religiosa de seu povo. Ali ele cresceu em um lar temente e obediente a Deus. Ele foi instruído na Lei do Senhor e recebeu também profundo conhecimento das profecias de profetas anteriores, como: Isaías, Amós e Oseias.
Se a situação interna em Judá era lamentável por conta do declínio religioso e do paganismo que se espalhava pela nação, o ambiente internacional também era bastante movimentado. Havia um clima de constante tensão envolvendo os assírios, os egípcios e os babilônios. Esse era o cenário em que Jeremias passou seus primeiros anos.
O chamado de Jeremias
Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha cerca de dez anos de idade. Amom, o filho de Manassés, governou Judá por dois anos, entre 642 e 640 a.C. (2 Reis 21:19-26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que governou entre 640 e 609 a.C.
Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo terceiro ano do reinado de Josias, em 627 a.C. No registro de sua convocação, a Bíblia enfatiza a forma soberana com que Deus o chamou:
Antes que te formasse no ventre te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. (Jeremias 1:5)
Diante do chamado de Deus, o jovem Jeremias alegou ser incapaz de desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Curiosamente essa foi a mesma objeção feita por Moisés quando Deus o chamou (Êxodo 4:10). O rei Salomão também fez uma observação semelhante quando assumiu o trono de Israel (1 Reis 3:7).
Além de indicar uma possível idade prematura para exercer tamanha responsabilidade, essa resposta do profeta também pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo; talvez uma pessoa humilde e que não possuía autoconfiança.
Mas a objeção do inexperiente Jeremias não foi um problema para Deus. Na verdade o Senhor o tranquilizou dizendo: “não temas” (Jeremias 1:8). Deus avisou o profeta que ele deveria falar tudo o que lhe fosse ordenado; mas também prometeu que estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam.
O ministério do profeta Jeremias
O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo menos quarenta anos. Isso significa que se sua chamada para o ministério profético ocorreu entre 627 ou 626 a.C, o profeta Jeremias continuou profetizando até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Assim, ele profetizou durante os reinados dos últimos cinco reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.).
Um fato bastante interessante é que o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes reviravoltas internacionais que abalaram a história mundial. Entre 627 e 626 a.C., Assurbanípal, o último grande rei da Assíria, e Candalanu, o governante da Babilônia, morreram. Então Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, se aproveitou daquele momento conturbado e de enfraquecimento do Império Assírio e se tornou o rei da Babilônia. Isso acabou culminando na conquista da Assíria em 612 a.C.; e no florescer do Império Babilônico em 605 a.C. como a maior potência mundial.
O ministério do profeta Jeremias começou em Anatote, e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse período, é possível que fosse visto pelos judeus apenas como um profeta insignificante de um pequeno vilarejo.
Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca de treze anos, entre 621 e 609 a.C. Durante esse período não há qualquer informação sobre a sua vida. É provável que foi nesse tempo que ele acabou migrando de Anatote para a capital, Jerusalém.
Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá. Mas este reinou por apenas três meses e foi deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim.
O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim. Inclusive, foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou um importante sermão que resultou em seu banimento do Templo e quase lhe custou a vida (Jeremias 7:1-8:3). O profeta também profetizou a morte de Jeoaquim (Jeremias 22:18,19; 36:30).
Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu o trono em seu lugar. Mas o jovem monarca governou por apenas três meses e logo foi levado para a Babilônia. Para o seu lugar Nabucodonosor colocou Zedequias.
Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia. Ele insistiu que qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma possível aliança com o Egito, seria inútil. Isso porque a Babilônia era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. O profeta acabou sendo perseguido por causa desse seu posicionamento (cf. Jeremias 37:3,17).
A mensagem do profeta Jeremias
Apesar de o ministério do profeta Jeremias ter sido bastante longo, sua mensagem principal é muito clara. Essa mensagem pode ser pontuada da seguinte forma:
O profeta Jeremias convocou o povo ao arrependimento, a fim de evitar o julgamento divino.
Depois, o profeta Jeremias avisou que o tempo de arrependimento havia se esgotado, e que Judá sofreria o juízo de Deus. Tal juízo seria muito severo, pois implicaria na perda da Terra Prometida.
Ele profetizou que o cativeiro babilônico seria inevitável, e que Jerusalém cairia diante de Nabucodonosor.
O profeta mostrou, através de sua mensagem, que Judá mereceu o cativeiro por causa dos graves pecados que o povo persistiu em cometer; sobretudo a idolatria.
O profeta Jeremias anunciou que o Templo em Jerusalém não poderia proteger os judeus do julgamento iminente.
O profeta também anunciou que Deus salvaria um remanescente de Seu povo por meio do exílio. Então quando o período de cativeiro terminasse, haveria uma maravilhosa restauração sob uma nova aliança (Jeremias 31:31-34). O Novo Testamento mostra que essa promessa encontra seu cumprimento pleno em Cristo (Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25; Hebreus 8:6; 9:15; 12:24).
Então é possível perceber claramente que a mensagem do profeta Jeremias, conforme registrada em seu livro, serviu para lembrar os exilados sobre os motivos que lhes conduziram às provações que eles estavam enfrentando; bem como assegurar-lhes que, ao se arrependerem, eles voltariam para Jerusalém e desfrutariam de grande bênçãos.
A personalidade e a vida do profeta Jeremias
Jeremias exerceu todo seu ministério de maneira vigorosa, mesmo diante de muitas aflições. Ele teve uma vida bastante solitária, muito por conta da mensagem impopular que transmitia (Jeremias 15:17).
Durante seu ministério é possível perceber a forma com que ele se envolveu pessoalmente com sua mensagem, de modo que ele sentiu, antes do próprio povo, agonia da aproximação do cativeiro babilônico e o derramamento da ira do Senhor por causa do pecado do povo (Jeremias 4:19-21; 8:21-9:3; 10:19-22; 14:19-22).
O profeta foi proibido pelo Senhor de se casar e formar uma família. Isso era para que a vida de Jeremias servisse como um sinal das transformações que o exílio resultaria na vida cotidiana do povo (Jeremias 16:2). Jeremias experimentou angustias tão grandes durante sua vida que, por conta de seu lamento, ele ficou conhecido popularmente como “o profeta chorão” (cf. Jeremias 4:19; 8:18,21; 9:1,10; 13:17).
O profeta Jeremias foi preso e teve sua vida ameaçada várias vezes. Na verdade o conteúdo de sua mensagem o colocava em oposição à liderança de Judá. Por isso muitas vezes Jeremias parecia detestar sua missão, pois ela lhe ocasionava grandes problemas, inclusive com seus parentes e conhecidos. Ele era alvo de zombaria e todos o amaldiçoavam (Jeremias 11:18-21; 12:1-6; 15:10-21; 17:12-18; 18:19-23; 20:7-18).
Com base nos detalhes registrados por Baruque, seu escriba, é possível perceber que Jeremias tinha uma personalidade forte e repleta de contrastes. Ele era um homem honesto, gentil, afetuoso, um profundo observador analítico e, ao mesmo tempo, inflexível.
Apesar de se lamentar com frequência, o profeta Jeremias era uma pessoa otimista e de oração. Ele superou qualquer timidez que pudesse ter no início de seu ministério. Ele também suportou a hostilidade, a solidão, a angústia e até mesmo a sensação do aparente fracasso.
Diante de um sofrimento tão intenso, o profeta Jeremias, em algumas ocasiões, não conseguia entender por que estava sendo submetido a tudo aquilo. Ele chegou até mesmo a acusar o Senhor de tê-lo enganado e desejar a morte (Jeremias 20:7-18). Todavia, no fim o profeta entendeu que Deus é soberano e controla todas as coisas.
O final do ministério do profeta Jeremias
Após a queda de Jerusalém, a fama de Jeremias já havia se espalhado até mesmo na Babilônia. O rei Nabucodonosor o deixou em Jerusalém para ficar com o restante dos judeus que não foram levados cativos.
O profeta Jeremias então permaneceu em Jerusalém até que o governador de Judá, Gedalias, foi assassinado por Ismael, um fanático judeu. Temendo uma represália dos babilônios, muitos judeus fugiram para o Egito, mesmo contra as advertências de Jeremias (Jeremias 42). Nesse contexto parece que o profeta acabou sendo obrigado a seguir os fugitivos (Jeremias 43).
No Egito, o profeta Jeremias, já um homem experiente com a idade de pelo menos setenta anos, continuou pregando a Palavra de Deus (Jeremias 44). Os estudiosos dizem que muito provavelmente ele acabou morrendo ali pouco tempo depois. Na verdade, nada se sabe sobre as circunstâncias de sua morte; apesar de que havia uma tradição que afirmava que Jeremias morreu apedrejado pelos judeus em Tafnes.
Surgiu também entre os judeus uma crença de que o profeta Jeremias ressuscitaria dentre os mortos. Essa lenda dizia que ele restauraria o Tabernáculo e traria a Arca da Aliança e o altar do incenso que supostamente ele teria escondido em uma caverna por ocasião da queda de Jerusalém.
Talvez essa antiga crença possa explicar o motivo de alguns judeus do primeiro século terem pensado que Jesus era Jeremias ressuscitado (Mateus 16:13-14).
O profeta Jeremias foi contemporâneo, pelo menos durante algum tempo, do profeta Sofonias, do profeta Naum, da profetisa Hulda, do profeta Ezequiel e do profeta Daniel.
Outros Jeremias na Bíblia
Existem também outros personagens da Bíblia com o mesmo nome do conhecida profeta judeu. Dentre os quais, se destacam:
O chefe do clã na tribo de Manassés (1 Crônicas 5:24).
Três guerreiros que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Crônicas 12:4,10,13).
O pai de Humutal, esposa do rei Josias (2 Reis 23:31; 24:18; Jeremias 52:1).
O pai de Jazanias, um contemporâneo do profeta Jeremias (Jeremias 35:3).
Um sacerdote que retornou da Babilônia após o exílio com Zorobabel. O livro de Neemias cita em três ocasiões esse nome, mas não é possível dizer exatamente a quantas pessoas diferentes ele se refere (Neemias 10:2; 12:1,12,34).
É importante mencionar esses outros homens para que nenhum deles seja confundido com o profeta Jeremias durante a leitura de algum texto bíblico.
FONTE:https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-profeta-jeremias/
Daniel Conegero Daniel Conegero
Nenhum comentário:
Postar um comentário