Hoje, quando me
envolveu a majestade de Deus, a minha alma compreendeu que o Senhor, embora tão
grande, ama as almazinhas humildes. Quanto mais profundamente uma alma se
humilha, tanto mais bondosamente o Senhor se aproxima dela; unindo-se com ela
estreitamente, eleva-a até o Seu próprio Trono. Feliz da alma que o próprio
Senhor defende. Conheci que apenas o amor tem valor; o amor é grandeza; nada
pode ser comparado com um só ato de puro amor a Deus _ nenhuma obra. [ Diário
1092 ]. Jesus eu confio em Vós!
UM POUCO DA VIDA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA QUE CELEBRAREMOS AMANHÃ
Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de
Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os
estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o
"Frei" estigmatizado.
O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se
empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos
sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de
sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para
muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione,
nasceu na Pietrelcina, num pequeno povo da Província de Benevento, em 25 de
maio de 1887. Pertencia a uma família humilde tendo como pai Grazio Forgione e
a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio tinham outros filhos. Desde muito menino
Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este
desejo o distinguia de seus coetâneos(da mesma idade). Tal "diferença" foi observada
por seus parentes e amigos. Narra a mamãe Peppa: "Não cometeu nunca
nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada
manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não
saia nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: - "Francì vá um
pouco a brincar". Ele se negava dizendo: - "Não quero ir porque eles
blasfemam". Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi
um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892
quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas
espirituais. Os Extasies e as aparições foram freqüentes, mas para o menino
pareciam serem absolutamente normais.
Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o
seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.
Em 6 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, entrou como clérigo
na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10
de agosto de 1910. Teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas
condições precárias de saúde, passou primeiro em muitos conventos da
província de Benevento. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim,
a partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo,
sobre o Gargano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado
falecimento.
Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se
a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor
aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas
horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as
forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no
Sacramento da Confissão. Atendia confissão por longas horas, até 14 horas
diárias, e assim salvou muitas almas.
Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre
Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante
do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o
maravilhoso presente dos estigmas. Os estigmas ou as feridas foram visíveis e
ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno
extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos
estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de
muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.
Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918,
o Padre Pio narra a sua "crucifixão": O que posso dizer aos que me
perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que
humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha
criatura!"
Foi na manhã do 20 do mês passado ( setembro ) no coro, depois
da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do
espírito, pareceu um doce sonho. Toso os sentidos interiores e exteriores, além
das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em
tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida
uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na
mesma rotina.
Tudo aconteceu num instante. E em quanto isso se passava, eu vi
na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na
tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, o
pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele
instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não
tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito. A
visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito
foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e
que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração,
continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai,
eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da
alma. Temo morre em sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração,
e ter piedade de retirar de mim está situação..."
Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este
sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus.
Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício,
de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas
direções: uma vertical até Deus com a fundação dos "Grupos de ruego",
hoje chamados "grupos de oração"e outra horizontal até os irmãos, com
a construção de um moderno hospital: "Casa Alívio do Sofrimento".
Em setembro de 1968 milhares de devotos e filhos espirituais do
Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o
50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos
Grupos de Oração. Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de
setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina.
Deste maravilhoso frei, escolhido pro Deus para derramar a sua Divina
Misericórdia de uma maneira especial.
3º dia da Novena a São Miguel Arcanjo, segue o link: http://www.oracoes.info/SaoMiguel06.html
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