Santa Faustina: Domingo de Ramos. Estive na Santa Missa, mas não tinha forças para participar da Procissão dos Ramos. Sentia-me tão fraca que mal me pude aguentar na Santa Missa. Durante a celebração Jesus deu-me a conhecer a dor da Sua alma e senti perfeitamente como esses hinos de "Hosana" se refletiam com um eco doloroso em Seu Sacratíssimo Coração. A minha alma também foi inundada por um mar de amargura, e cada"Hosana" transpassava o meu coração. Toda a minha alma foi atraída para junto de Jesus. Ouvi a voz de Jesus: _ Minha filha, a tua compaixão por Mim é um alívio para Mim. A tua alma adquire uma beleza singular quando medita sobre a Minha Paixão. [ Diário 1657 ].
Jesus eu confio em Vós!
Jesus eu confio em Vós!
Proclamação do Evangelho de São Lucas 23,1-49
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador: 3Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Jesus respondeu, declarando:
Pres.: “Tu o dizes!”
Narrador: 4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor 1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador: 5Eles, porém, insistiam:
Ass.: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
Narrador: 6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Este homem é galileu?”
Narrador: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor 1: 14“Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 18Toda a multidão começou a gritar:
Ass.: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador: 18Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21Mas eles gritaram:
Ass.: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador: 22E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor 1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse:
Pres.: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! 29Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. 30Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
Narrador: 32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus.33Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia:
Pres.: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Narrador: 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,37e diziam:
Ass.: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador: 38Acima dele havia um letreiro:
Leitor 2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador: 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor 2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador: 40 Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor 1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador: 42E acrescentou:
Leitor 1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador: 43Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador: 44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,46e Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador: Dizendo isso, expirou.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador: 47 O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
Leitor 1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador: 48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
Palavra da Salvação.
O Domingo de Ramos
abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal
de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e
Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de
árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava
montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “Rei
dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi”, “Salve o Messias”… E assim, Jesus entra
triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita
inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para
condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O povo o aclama
cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia,
o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão
política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e,
religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.
Mas, essa mesma
multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o
acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos
sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da
província, que o condenasse à morte.
Por isso, na
celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que
narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo;
depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados
os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas
compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua
condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado
impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos
cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é
impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado
à morte, pregado numa cruz.
O Domingo de Ramos
pode ser chamado também de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, nele, a
liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de
Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar
da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e
Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa
fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com
Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz
São Paulo: ‘”Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai’ (Fl 2, 11).
Fonte:http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/15.htm
Que maravilha de artigo. Tão esclarecedor sobre o q fazemos memória no dia de hoje. Obrigada.
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