quinta-feira, 24 de março de 2016

Quinta feira da Semana Santa.

Era a Quinta-feira Santa, dia 29 de Março do ano de 1934. Santa Faustina já era uma irmã com 9 anos na vida religiosa, tendo, portanto, passado por importantes e profundos momentos em sua vida de experiências místicas: a formação comum aos religiosos e a experiência de provações interiores; já havia, também, recebido a visão na qual Jesus lhe mandou pintar a Imagem. Mas o Senhor a preparava para experiências ainda mais profundas... Nesta quinta-feira santa, o Senhor lhe pede:

“Desejo que faças o sacrifício de ti mesma pelos pecadores, especialmente por aquelas almas que perderam a esperança na misericórdia de Deus” (Diário 308).
Santa Faustina, sem titubear, responde com estas lindas palavras de oferecimento:
“Diante do Céu e da Terra, diante de todos os Coros de Anjos, diante da Santíssima Virgem Maria, diante de todas as Potestades celestes, declaro a Deus Uno e Trino que hoje, em união com Jesus Cristo, Salvador das almas, faço espontaneamente o oferecimento de mim mesma pela conversão dos pecadores, especialmente por aquelas almas que perderam a esperança na misericórdia de Deus. Esse sacrifício consiste em eu aceitar, [com] total submissão à vontade de Deus, todos os sofrimentos, receios e temores que oprimem os pecadores, entregando-lhes em troca todos os consolos que tenha na alma, provenientes da convivência com Deus. Numa palavra, ofereço por eles tudo: Santas Missas, Santas Comunhões, penitências, mortificações e orações. Não tenho medo dos golpes — dos assaltos desferidos pela justiça de Deus —, porque estou unida a Jesus. Ó meu Deus, desejo, dessa maneira, desagravar-Vos por aquelas almas que não confiam na Vossa bondade. Confio, contra toda [esperança], no oceano da Vossa misericórdia. Meu Senhor e meu Deus, meu quinhão — minha herança pelos séculos, não baseio esse ato de oferecimento nas minhas próprias forças, mas na força que decorre dos méritos de Jesus Cristo. Repetirei diariamente este ato de oferecimento com a oração seguinte, que Vós mesmo me ensinastes, Jesus: Ó Sangue e Água que então jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!” (Diário 309).


Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão de Sardes, bispo
(N.65-71: SCh123,94-100)
(Séc.II)

O Cordeiro imolado libertou-nos da morte para a vida

Muitas coisas foram preditas pelos profetas sobre o mistério da Páscoa, que é Cristo, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gl 1,5). Ele desceu dos céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-se da nossa natureza no seio da Virgem e se fez homem; tomou sobre si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento, e destruiu as paixões da carne; seu espírito, que não pode morrer, matou a morte homicida.

Foi levado como cordeiro e morto como ovelha; libertou-nos das seduções do mundo, como outrora tirou os israelitas do Egito; salvou-nos da escravidão do demônio, como outrora fez sair Israel das mãos do faraó; marcou nossas almas como sinal do seu Espírito e os nossos corpos com seu sangue.

Foi ele que venceu a morte e confundiu o demônio, como outrora Moisés ao faraó. Foi ele que destruiu a iniquidade e condenou a injustiça à esterilidade, como Moisés ao Egito.

Foi ele que nos fez passar da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida, da tirania para o reino sem fim, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.

Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac; exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.

Foi ele que se encarnou no seio da Virgem, foi suspenso na cruz, sepultado na terra e, ressuscitando dos mortos, subiu ao mais alto dos céus.

Foi ele o cordeiro que não abriu a boca, o cordeiro imolado, nascido de Maria, a bela ovelhinha; retirado do rebanho, foi levado ao matadouro, imolado à tarde e sepultado à noite; ao ser crucificado, não lhe quebraram osso algum, e ao ser sepultado, não experimentou a corrupção; mas ressuscitando dos mortos, ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro.

Responsório Rm 3,23-25a; Jo 1,29b

R. Pois todos os homens pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados, de graça, mediante a libertação, realizada por meio de Cristo.
* Deus destinou que Cristo fosse, por seu sangue, a vítima da propiciação, pela fé que colocamos nele mesmo.

V. Eis aqui o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo. 
*Deus.

Oração: Senhor nosso Deus, amar-vos acima de tudo é ser perfeito; multiplicai em nós a vossa graça e concedei, aos que firmamos nossa esperança na morte do vosso Filho, alcançarmos por sua ressurreição aqueles bens que na fé buscamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
 

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