Vós
morrestes, Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas e abriu-se um mar
de misericórdia para o mundo. Ó fonte de vida, insondável misericórdia de Deus,
envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós. [Diário de Santa Faustina n°
1319]. Jesus eu confio em Vós!
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo Guelferbytanus 3:PLS 2,545-546)
(Séc.V)
Gloriemo-nos também nós na Cruz do Senhor!
A Paixão de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é para nós
penhor de glória e exemplo de paciência.
Haverá alguma coisa que não possam esperar da graça divina os
corações dos fiéis, pelos quais o Filho unigênito de Deus, eterno como o Pai, não apenas quis
nascer como homem entre os homens, mas quis também morrer pelas mãos dos homens que tinha
criado?
Grandes coisas o Senhor nos promete no futuro! Mas o que ele já
fez por nós e agora celebramos é ainda muito maior. Onde estávamos ou quem éramos,
quando Cristo morreu por nós pecadores? Quem pode duvidar que ele dará a vida aos seus
fiéis, quando já lhes deu até a sua morte? Por que a fraqueza humana ainda hesita em acreditar
que um dia os homens viverão em Deus?
Muito mais incrível é o que já aconteceu: Deus morreu pelos
homens.
Quem é Cristo senão aquele que no princípio era a Palavra, e a
Palavra estava com Deus: e a Palavra era Deus? (Jo 1,1). Essa Palavra de Deus se fez carne e
habitou entre nós (Jo 1,14). Se não tivesse tomado da nossa natureza a carne mortal, Cristo não
teria possibilidade de morrer por nós. Mas deste modo o imortal pôde morrer e dar sua vida aos
mortais. Fez-se participante de nossa morte para nos tornar participantes da sua vida. De
fato, assim como os homens, pela sua natureza, não tinham possibilidade alguma de alcançar a
vida, também ele, pela sua natureza, não tinha possibilidade alguma de sofrer a morte.
Por isso entrou, de modo admirável, em comunhão conosco: de nós
assumiu a mortalidade, o que lhe possibilitou morrer; e dele recebemos a vida.
Portanto, de modo algum devemos envergonhar-nos da morte de
nosso Deus e Senhor; pelo contrário, nela devemos confiar e gloriar-nos acima de tudo.
Pois tomando sobre si a morte que em nós encontrou, garantiu com total fidelidade dar-nos a vida
que não podíamos obter por nós mesmos.
Se ele tanto nos amou, a ponto de, sem pecado, sofrer por nós
pecadores, como não dará o que merecemos por justiça, fruto da sua justificação? Como não dará
a recompensa aos justos, ele que é fiel em suas promessas e, sem pecado, suportou o castigo
dos pecadores? Reconheçamos corajosamente, irmãos, e proclamemos bem alto que
Cristo foi crucificado por amor de nós; digamos não com temor, mas com alegria, não com
vergonha, mas com santo orgulho.
O apóstolo Paulo compreendeu bem esse mistério e o proclamou
como um título de glória. Ele, que teria muitas coisas grandiosas e divinas para recordar a
respeito de Cristo, não disse que se gloriava dessas grandezas admiráveis – por exemplo, que sendo
Cristo Deus como o Pai, criou o mundo; e, sendo homem como nós, manifestou o seu domínio sobre
o mundo – mas afirmou:
Quanto a mim, que eu me glorie somente na cruz do Senhor nosso,
Jesus Cristo (Gl 6,14).
Responsório
R. Adoramos, Senhor, a vossa cruz, vossa paixão gloriosa recordamos.
* Vós que sofrestes por nós, tende piedade!
V. Suplicantes, Senhor, vos imploramos: vinde logo ajudar os vossos servos, que remistes pelo sangue precioso.
* Vós que sofrestes.
Oração: Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza,
recobrar novo alento pela Paixão do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
Novena "Almas Aflitas"
Segunda-feira, dia dedicado as Almas do Purgatório.
"Pai Eterno, eu vos ofereço o sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, intercedei pelas almas aflitas.
E vós, almas aflitas, ide perante a Deus e pedi a graça que necessito (fazer o pedido)". Rezar: Pai Nosso, Ave Maria e o Glória.
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