Por admirável desígnio tudo aconteceu como o Senhor havia exigido:a primeira
honra que a Imagem recebeu das multidões - foi no primeiro Domingo depois da
Páscoa. Durante três dias, ela ficou exposta publicamente e recebeu a honra dos
fiéis, pois estava colocada em Ostra Brama, na parte alta da janela e, por
isso, podia ser vista de muito longe. Em Ostra Brama era comemorado
solenemente, por esses três dias, o encerramento do Jubileu da Redenção do
Mundo - os 1900 anos da Paixão do Salvador. Agora vejo que a obra da Redenção
está ligada com a obra da misericórdia que o Senhor está exigindo. [Diário de Santa Faustina nº 89]. Jesus eu confio em Vós!
São Luís Maria Grignion de Montfort, foi um grande sacerdote, missionário zeloso, que ficou conhecido como “Apóstolo da Virgem Maria”.
São Luís Maria Grignion de Montfort nasceu em 31 de Janeiro de 1673, em Montfort, na Bretanha francesa. Seu pai era João Batista Grignion de Bachelleraie e sua mãe, Joanna Visuelle de Chesnais. Ele era o filho mais velho de uma família numerosa. Teve, ao todo 17 irmãos, dos quais um padre, um irmão dominicano, uma irmã beneditina e uma irmã sacramentina. O Santo foi batizado logo depois do seu nascimento, recebendo o nome de Luís. Ao receber o Crisma, acrescentou o nome de Maria. Algum tempo depois, abandonou o nome da família e passou a se chamar Luís Maria Montfort.
Com 11 anos entrou no colégio jesuíta de Rennes e nele recebeu sólida formação humana e espiritual. No mesmo colégio, concluiu o curso de filosofia em 1692 e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, vai no ano seguinte para Paris, afim de entrar no Seminário de São Sulpício e estudar teologia na Universidade de Sorbonne. Recebeu excelente formação teológica, que foi a base do seu trabalho missionário. Foi ordenado sacerdote em 5 de Junho de 1700. Decidiu ser padre para dedicar-se à evangelização dos povos estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o Reino de Jesus Cristo por Maria.
Em Julho de 1706, São Luís Maria vai a pé a Roma para ser recebido pelo Papa Clemente XI e confirmar sua vocação missionária. No dia 6 de Julho desse ano, o Papa confere a ele o título de Missionário Apostólico e lhe pede que seja missionário na França para renovar o espírito do cristianismo nos cristãos. Montfort tornou-se um grande missionário, que destacou-se pela sua devoção a Virgem Maria. Fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de São Gabriel. Também escreveu vários livros, dos quais destaca-se o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Nesse Livro, São Luís apresenta seu método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, que foi a consagração do Beato João Paulo II e tantos outros santos e santas.
São Luís Maria morreu em 28 de Abril de 1716, aos 43 anos, depois de ter realizado mais de 100 missões populares. Foi canonizado pelo Papa Pio XII, em Roma, a 20 de Julho de 1947. Foi um missionário itinerante, zeloso na evangelização dos pobres. Levava sempre a Bíblia, o crucifixo e o rosário, que resumem sua experiência espiritual e a sua mensagem: conhecer e amar a Virgem Maria para conhecer e amar o Cristo.
FONTE: Padre Amilcar Jose Alves. http://blog.cancaonova.com/tododemaria/biografia-de-sao-luis-maria/
ORAÇÃO: Deus de sabedoria eterna, que fizestes do presbítero São Luís Maria um admirável testemunho e mestre da plena consagração ao vosso Filho por meio da Virgem Maria, sua Mãe, concedei-nos que, seguindo o seu caminho espiritual, trabalhemos pela dilatação do vosso reino em todo o mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Do Tratado «A verdadeira devoção à Santíssima Virgem»,
de São Luís Maria Grignion de Monfort.
de São Luís Maria Grignion de Monfort.
Totus tuus
Toda a nossa perfeição consiste em sermos conformes a Jesus Cristo, em nos unirmos e consagrarmos a Ele. A mais perfeita de todas as devoções é sem dúvida aquela que nos conforma, nos une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Ora, porque Maria é, entre todas as criaturas, a mais conforme a Jesus Cristo, conclui-se que, entre todas as devoções, a que melhor consagra e conforma uma alma a Nosso Senhor é a devoção à Santíssima Virgem, sua santa Mãe. E quanto mais uma alma for consagrada a Maria, mais o será a Jesus Cristo.
É por isso que a perfeita consagração a Jesus Cristo não é mais que uma perfeita e total consagração de si mesmo à Santíssima Virgem; esta é a devoção que eu ensino.
Esta forma de devoção pode chamar-se, com toda a propriedade, a perfeita renovação dos votos e promessas do santo Batismo, porque nela o cristão dá-se totalmente à Santíssima Virgem, para que, por Maria, pertença todo a Cristo.
Assim, a consagração é feita ao mesmo tempo à Santíssima Virgem e a Jesus Cristo: à Virgem Santa Maria, como o modo perfeito que Jesus Cristo escolheu para Se unir a nós e nos unir a Ele; e a Nosso Senhor Jesus Cristo, como nosso fim último, a quem devemos tudo o que somos, porque é o nosso Redentor e o nosso Deus.
Além disso, devemos considerar que todo o homem, quando é batizado, renuncia solenemente, pela sua própria boca ou pela do seu padrinho e madrinha, a Satanás e às suas tentações e obras, e toma Jesus Cristo como seu Mestre e soberano Senhor, a fim de depender d’Ele na qualidade de escravo de amor. É o que realmente se faz nesta devoção: o cristão renuncia ao demônio, ao mundo, ao pecado e a si mesmo, e consagra-se totalmente a Jesus Cristo pelas mãos de Maria.
No Batismo não nos damos a Jesus Cristo pelas mãos de Maria, pelo menos de maneira expressa, e não damos a Jesus Cristo o valor das nossas boas obras. Ficamos, depois do Batismo, com plena liberdade de aplicar esse valor a quem quisermos ou de o reservar para nós mesmos. Mas, por esta devoção, damo-nos expressamente a Nosso Senhor pelas mãos de Maria e consagramos-Lhe o valor de todas as nossas ações.
fonte: Liturgia das Horas
Amados Leitores ter esse livro - Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem» em nossas mãos é uma benção. Que Deus nos conceda essa graça.
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