terça-feira, 28 de março de 2023

Reflexão um passo nesse tempo quaresmal.

Aplicação: ó Jesus, meu amor, Vós sabeis que apenas há pouco tempo estou procedendo de maneira a me guiar exclusivamente pelo amor a Vós em relação ao próximo. A Vós somente são conhecidos os esforços que tenho feito nesse sentido. Hoje consigo isso com mais facilidade, mas se Vós mesmo  não acendêsseis na minha alma esse amor, eu não saberia perseverar nele. Devo-o ao Vosso amor eucarístico, que me inflama diariamente. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1769]. Jesus eu confio em Vós.


Anjo da guarda, anjo de Deus, meu guia querido ao qual o amor de Deus me encomendou, está sempre neste dia ao meu lado para me iluminares, guardar-me, reger-me e guiar-me.

Por que a Quaresma?

 Desde os primórdios do Cristianismo a “Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, afim de obter a conversão”. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).

Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.

A Carta apostólica do Papa Paulo VI, aprovando as Normas Universais do Ano 0 Litúrgico e o novo Calendário Romano geral, diz, no n. 28: “O tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor (Quinta-feira santa, à tarde), inclusive”.

A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus esta, presente na Liturgia. O Catecismo diz que: “Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção” (§1069). Isto é, pela Liturgia da Igreja Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.

Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.

A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo.

Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo de livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o despojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte mas a carne é fraca”. A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).

“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados” (Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” (Eclo 29,15).

Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7). E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).

Quaresma é pois tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos.

Assim podemos nos preparar para o Banquete pascal glorioso, encontrando-se com o Senhor ressuscitado e glorioso com a alma renovada no seu amor.

Prof. Felipe Aquino. fonte:https://cleofas.com.br/por-que-a-quaresma/

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