O QUE É A FÉ?
A fé não é um sentimento cego nem um ato de confiança afetiva em Deus, mas sim uma atitude da inteligência, que, movida pela vontade livre, diz sim a Deus que se revela.
Não se pode crer em qualquer crença, “apenas para se ter uma vida espiritual ou uma religião”. Não se pode crer em algo vago, indefinido, sentimental; só se pode crer em algo que a inteligência examinou e aprovou.
Não se pode, portanto, cultivar qualquer anti-intelectualismo diante da fé. A fé é o ato mais nobre do homem, pois aplica a faculdade mais digna do ser humano (a inteligência) ao objeto mais elevado e perfeito, que é Deus.
A fé é um ato da inteligência, mas é também uma atitude da inteligência movida pela vontade. As proposições da fé não podem ser vistas e provadas como as da ciência, mas, pela análise da inteligência, essas proposições podem ser tidas como aceitáveis. Assim, depois de examinadas as propostas da fé, a inteligência pode consentir em crer e passar para a nossa vontade a decisão final: crer ou não crer.
A inteligência pede credenciais para crer, e essa baseia-se na autoridade e credibilidade de quem ou do que transmite a mensagem.
Diz São Tomás de Aquino que “o homem não acreditaria se não visse que deve crer” (Suma Teológica I/II qu.1, art. 4, da 2).
Assim, a fé é um ato livre, um gesto voluntário prestado à autoridade de Deus que se revela. É um ato mais nobre do que os outros, cujo objeto é tão evidente que eles se tornam obrigatórios. O ato de fé supõe reflexão e decisão consciente e responsável.
Pela fé o homem se entrega todo a Deus.
Jesus exigiu que os judeus do seu tempo cressem pelas credenciais que Ele apresenta:
Jo 7,46: “Se vos digo a verdade, por que não me credes?”. Hb 11,1: “A fé é a posse antecipada das coisas que esperamos; é a demonstração das coisas que não vemos”.
Ter fé é algo raro ou difícil para o ser humano. Na vida cotidiana, todo homem, mesmo o ateu, exercita a fé. Você acredita no médico, no professor que ensina, no padeiro que fez o pão e nele não colocou veneno etc. Sem esses atos de fé, seria impossível viver.
Quando um homem e uma mulher se casam, cada um crê no outro. Então, se cremos nas pessoas, não é contrário à nossa dignidade acreditar, pela fé, na revelação de Deus em plena adesão do intelecto e da vontade, e entrar, assim, em comunhão íntima com Ele.
Quando você ouve uma notícia na TV ou no jornal, você acredita se a fonte lhe inspira confiança. Todo homem crê também nos historiadores que, com seriedade, lhe relatam o passado.
Segundo o Catecismo da Igreja, “a fé é uma adesão pessoal do homem inteiro a Deus, que se revela. Ela inclui uma adesão da inteligência e da vontade à revelação que Deus fez de si mesmo por suas ações e palavras”. (§173)
Crer tem uma dupla referência: a verdade é a pessoa que revela a verdade, por confiança nessa pessoa. “Crer” é um ato humano, consciente e livre, que corresponde à dignidade da pessoa humana (Cat. §18-0).
O Catecismo ensina também que “crer” é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, sustenta e alimenta nossa fé. A Igreja é mãe de todos os crentes. “Ninguém pode ter a Deus por Pai, que não tenha a Igreja por mãe” (S. Cipriano, De unitate).
Essa é a fé católica: “Nós cremos em tudo o que está contido na Palavra de Deus, escrita ou transmitida (Tradição apostólica), e que a Igreja propõe a crer como divinamente revelado” (Cat. §182).
Fonte:https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-e-a-fe/
Oração curta ao Anjo da Guarda
Santo anjo do senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e ilumine.Na presença de Deus, prometo solenemente honrar e imitar as virtudes de meu Anjo da Guarda, principalmente sua pureza, caridade e obediência a vontade divina.
Sempre me tome a minha frente, meu anjo da guarda, Amém.
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