sábado, 27 de fevereiro de 2021

Protegei-nos, mãe Maria, para que sintamos vossa força em nossas vidas.

 Polônia, minha cara pátria, oh! se soubesse quantos sacrifícios e orações ofereço por ti a Deus. Mas ficai atenta e dá glória a Deus. Deus te eleva e te distingue, mas deves saber ser grata. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1038]. Jesus eu confio em Vós.

"Ó! Maria santíssima que aos pés do Calvário pudestes provar de toda a dor que vosso filho amado, nosso senhor Jesus Cristo, sofreu em expiação de nossos pecados. Ao ver as feridas, os açoites, a coroa de espinhos, os pregos e a cruz, deixastes vosso coração de mãe entregue nas mãos de Deus. Ajudai-nos a contemplar a cruz de nossas vidas e retirai as espadas que transpassam o nosso coração. Que do sofrimento e da presença da morte possamos nos encher de esperança para contemplar a ressurreição. Protegei-nos, mãe Maria, para que sintamos vossa força em nossas vidas. Afastai todos os problemas que nos afligem e que saibamos trabalhar e ter a justiça como um dos principais modelos de nossa existência. Rogai a Deus por nós. Amém!"

MULHERES NA BÍBLIA: JUDITE

O épico bíblico (século II a.C.) relata as aventuras da bela, digna e rica viúva chamada Judite (judia) que salva seu povo da ameaça de um terrível inimigo.

No Livro de Judite, no Antigo Testamento, vemos que o rei Nabucodonosor ameaçava gravemente o povo de Israel, através de seu marechal Holofernes, que, já havia arrasado as cidades fortificas da Mesopotâmia, do litoral e da maioria dos lugares e se encaminhava para Jerusalém.

Os israelitas ficaram desesperados, pois sabiam que Holofernes estava arrasando e saqueando tudo o que encontrava pelo caminho. Segundo consta na redação bíblica, os vales e os rios estavam cheios de cadáveres.

Enquanto Holofernes avançava, os israelitas suplicavam insistentemente a Deus, e diante d´Ele se humilhavam.

“Os que viviam em Jerusalém, inclusive mulheres e crianças, se prostraram diante do Templo, com cinzas na cabeça, e estenderam as mãos diante do Senhor. Cobriram o Altar com panos de saco e clamaram, a uma só voz e com ardor, para que o Deus de Israel não entregasse seus filhos ao saque, nem suas mulheres ao exílio, nem à destruição as cidades que tinham herdado, nem o Templo à profanação e caçoadas humilhantes das nações.” (Judite, Capítulo 4, versículos 11-12)

Diante do risco e do desespero, as pessoas se voltam para Deus com todas as suas forças, arrependem-se de seus pecados (cabeças cobertas de cinzas), e suplicam salvação. Há nesta prece mudança de vida, arrependimento e confiança em Deus. E qual foi a consequência?

“O Senhor ouviu-lhes o grito e tomou conhecimento da tribulação deles. O povo jejuou por dias seguidos em toda a Judeia e em Jerusalém, diante do Templo do Senhor Todo-Poderoso. (...) Eles clamavam com toda a força ao Senhor, para que protegesse a casa de Israel.” (Judite, 4, 13 e 15)

Holofernes, então, ficou sabendo que o povo de Israel estava se preparando para a Guerra, mas não sabia ao certo como. Ele indagou seus prisioneiros, os reis recentemente vencidos, e perguntou acerca dos israelitas, questionou a força militar dos judeus, e quis saber a razão pela qual recusavam render-se ao rei Nabucodonosor.

Como resposta, Aquior, líder dos amonitas, advertiu:

“...Se essa gente se desviou, pecando contra o Deus deles, comprovemos essa falta, e subamos para atacá-los. Contudo, se eles não tiverem pecado, é melhor que o senhor os deixe em paz. Caso contrário, o Senhor o Deus deles vai protegê-los, e nós ficaremos envergonhados diante de todo o mundo.” (Judite, 5 20-22).

Holofernes ficou irado, e decidiu que os israelitas deveriam ser exterminados. Os Assírios, então, avançaram contra o território, ocuparam as fontes de água e realizaram um cerco implacável durante 34 dias, não permitindo a entrada de alimentos e água potável.

Judite era uma mulher viúva, porém ainda jovem e muito bonita. Era muito temente a Deus e de conduta irrepreensível. Jejuava a maior parte do mês, e exercitava-se continuamente com atos de devoção e piedade.

Judite orou com grande instância a Deus, uma oração intensa, regada a jejum, grande louvor e lágrimas.

E Judite tirou a roupa de viúva, arrumou-se, perfumou-se e vestiu-se com roupa de festa. Ficou belíssima, capaz de seduzir os homens que a vissem. Depois, apanhou uma sacola com alimentos e dirigiu-se para onde estava Holofernes.

Bastou apenas vê-la para apaixonar-se.  Após muito assédio, Holofernes promoveu um banquete regado a muito vinho, com o propósito de manter relações sexuais com Judite. Acabou por adormecer. Procurando deixá-lo a sós com Judite, os servos fecharam a tenda e saíram. Judite, então, aproveitando-se a coma alcoólica de Holofernes, usando a própria espada deste, cortou-lhe a cabeça. Judite pegou a sacola utilizada para levar mantimentos e fez com que a cabeça de Holofernes fosse colocada dentro. Após, deixou discretamente o acampamento e voltou para seu povo, levando consigo a cabeça do opressor.

Chegando às portas de Betúlia, a judia gritou aos sentinelas: “Abri as portas, porque Deus está conosco, e manifestou o Seu poder em Israel.”. Toda cidade correu ao encontro dela, que tirando o troféu do saco, ostentou-o, dizendo: “Eis a cabeça de Holofernes, general do exército dos assírios (…). Louvai-O todos porque Ele é bom, e eterna a Sua misericórdia.”.

Incrédulo, Ozias proferiu: “Bendito seja o Senhor, criador do céu e da terra, que guiou a tua mão Perante os sofrimentos e a angústia do teu povo, salvaste-nos da ruína na presença do nosso Deus.”.

 Penduraram a cabeça de Holofernes no alto das muralhas. Ao verem que fora decapitado, o pânico apoderou-se de sua tropa: “(…) e todos eles perderam a razão e o siso”.

Fugiram, mas muitos foram perseguidos e mortos. Seus despojos foram entregues à Judite: “Tu és a glória de Jerusalém, tu és a alegria de Israel, tu és a honra de nosso povo; porque te portaste com alma viril e coração valente; amaste a castidade e não quiseste, depois da morte de teu marido, conhecer outro homem; por isso o Senhor confortou-te, e serás eternamente bendita!”.

Judite viveu 125 anos e durante toda sua vida, e muitos anos depois da sua morte, não houve ninguém que perturbasse a paz de Israel.

http://grupo-aguaviva.blogspot.com.br/2012/08/a-historia-de-judite-importancia-do.html, http://cartaforense.com.br/conteudo/colunas/judite-e-holofernes---beleza-virtude-astucia-e-fe/16910

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