+ Uma vez pediram-me orações por uma certa alma. Resolvi fazer logo uma
novena à Misericórdia do Senhor e a essa novena acrescentar uma mortificação,
isto é, usar a pequena corrente em ambos os pés, durante a santa Missa.
Exercitei-me, por três dias, nessa mortificação. Quando fui confessar-me e
disse ao diretor espiritual que com permissão presumida empreendi essa
mortificação, pensei que o diretor espiritual não teria nada contra isso. E, no
entanto, ouvi o contrário, isto é, que sem permissão nada fizesse sozinha. Ó
meu Jesus, novamente a arbitrariedade. Mas, não desanimo com minhas quedas, sei
bem que sou miserável. Por razões de saúde não recebi a autorização, e
admirou-se o diretor espiritual de que eu pudesse, sem a sua licença,
exercitar-me em mortificações maiores.
Naquele tempo,
Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los dois a dois.
Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho,
a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias,
e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também:
«Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés
como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
Palavras da Salvação. Glória a Vós Senhor.
Aos dezenove anos pensou em entrar para a vida religiosa, mas um tumor no pé impediu sua admissão. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma. Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Com vinte e cinco anos de idade pediu novamente para ingressar na ordem dos franciscanos, mas novamente não foi aceito.
Camilo, já tocado pela Graça, passa a cuidar de doentes como voluntário. Preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, abandonados à própria sorte. Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver.
Em 1584 constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Com a ajuda de Filipe Néri estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem.
Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar a casa dos doentes e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nesta hora agradecia à Deus a estatura física que lhe dera. Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, e os fiéis ricos e pobres, procuravam sua ajuda.
Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em 1886 foi declarado padroeiro dos enfermos, dos doentes e dos hospitais.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Oração: Ó São Camilo, que imitando Jesus Cristo, destes a vida pelos vossos semelhantes, dedicando-vos aos enfermos, socorrei-me na minha doença, aliviai minhas dores, fortalecei meu ânimo, ajudai-me a aceitar os sofrimentos, para purificar-me dos meus pecados. Glória ao Pai… (três vezes)
São Camilo de Léllis, rogai por mim. (três vezes)
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