Do voto de Obediência
Da virtude de Obediência
Graus da Obediência
O voto de obediência é superior aos dois primeiros, porque ele propriamente constitui um holocausto, e é o mais necessário, porque constrói e vivifica todo organismo da vida religiosa.
P. A que obriga o voto da obediência?
R. O religioso, através do voto de obediência, promete a Deus que obedecerá aos legítimos superiores em tudo que lhe ordenarem de acordo com as Regras. O voto de obediência torma o religioso dependendo do superior em virtude das Regras. O religioso comete pecado grave contra o voto, em virtude da obediência ou das Regras.
Da virtude de Obediência
A virtude de obediência eleva-se acima do voto e abrange as Regras, os regulamentos, até mesmo os conselhos dos superiores.
P. A virtude da obediência é indispensável ao religioso?
R. A virtude da obediência é tão necessária ao religioso que, mesmo que faça o bem, mas contra a obediência, (os seus atos) tornam-se maus, ou sem mérito.
P. Pode-se pecar gravemente quando se despreza a autoridade, ou a ordem do superior, e sempre que da desobediência decorre prejuízo espiritual ou temporal para a Congregação.
P. Que falta ameaçam o voto?
R. Preconceitos e antipatias para com o superior, murmurações, criticas, lentidão e negligências.
Graus da Obediência
Execução pronta e plena. - Obediência da vontade, quando a vontade leva a mente a submeter-se ao juízo do superior. Santo Inácio apresenta além disso três meios que facilitam a obediência. No superior, quem quer que ele seja, ver sempre a Deus; justificar diante de si mesmo a ordem ou a opinião do superior; aceitar toda ordem como se fosse de Deus, sem discutir ou analisar. E o meio geral é a humildade. Não há coisas difíceis para humilde. [Diário de Santa Faustina nº 93]. Jesus eu confio em Vós!
CINCO PRIMEIROS SÁBADOS
A devoção aos cinco primeiros sábados é em reparação pelas cinco blasfêmias contra o Coração Imaculado de Maria: blasfêmias (1) contra a imaculada conceição, (2) contra sua virgindade, (3) contra sua maternidade divina e maternidade quanto aos homens, (4) blasfêmia dos que semeiam indiferença ou desprezo a Nossa Senhora no coração das crianças, (5) blasfêmia dos que ultrajam diretamente Nossa Senhora em suas imagens.
“Dia 10-12-1925, apareceu-lhe a Santíssima Virgem, e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A Santíssima Virgem, pondo-lhe no ombro a mão, mostrou-lhe um Coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos.
Ao mesmo tempo, disse o Menino:
– Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar.
Em seguida, disse a Santíssima Virgem:
– Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.” (Memórias da Irmã Lúcia I, Secretariado dos Pastorinhos, 13ª Edição, p. 193.)
Condições. Nos primeiros sábados do mês:
1. Confessar. Essa confissão pode ser no dia, mas pode ser antecipada em oito dias ou até mais. Em 15 de fevereiro de 1926, a irmã Lúcia “apresentou a Jesus a dificuldade que tinham algumas almas em se confessar ao sábado e pediu para ser válida a confissão de oito dias. Jesus respondeu:
– Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
Ela perguntou:
– Meu Jesus, as que se esquecerem de formar essa intenção?
Jesus respondeu:
– Podem formá-la na outra confissão seguinte, aproveitando a 1ª ocasião que tiverem de se confessar.” (Memórias da Irmã Lúcia I, Secretariado dos Pastorinhos, 13ª Edição, p. 193.)
Convém que a intenção reparadora seja expressa ao confessor, mas não é indispensável.
2. Receber a santa comunhão. Nosso Senhor disse à Irmã Lúcia em 30 de maio de 1930:
“A prática dessa devoção será igualmente aceita no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando meus sacerdotes, por motivos justos, o permitirem às almas.”
É preciso pedir a permissão ao Padre e não concedê-la a si mesmo. Tal precisão torna a devoção acessível a todos.
3. Recitar o Terço.
4. Fazer companhia a Nossa Senhora meditando durante quinze minutos os mistérios do Rosário. Pode ser a meditação sobre um ou vários mistérios do Rosário.
5. Fazer tudo isso em espírito de desagravo ao Imaculado Coração.
Para quem fizer isso, Nosso Senhor promete socorrer na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação da alma.
Ato de Consagração e Desagravo
Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o Vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfêmias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que vos consolássemos e desagravássemos.
Como filhos vos queremos amar e consolar sempre; mas hoje especialmente, ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
De modo especial vos queremos desagravar das injúrias proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem vos querem aceitar como terna mãe dos homens. Outros, não vos podendo ultrajar diretamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações, sobretudo nas crianças inocentes, que são o vosso encanto, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prometemos reparar com os nossos sacrifícios e orações tantos pecados e ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predileções, nem vos honramos e amamos como Mãe, mas antes entristecemos o vosso Coração e o do vosso divino Filho, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão. Queremos ainda pedir-vos, Senhora, compaixão, proteção e bênção para o povo da Rússia, que outrora vos amou tanto, e que está confiado e consagrado ao vosso Coração Imaculado. Reconduzi-o ao seio da verdadeira Igreja e sede a sua salvação, como prometestes nas vossas aparições em Fátima.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que queremos amar-vos como mãe muito querida e nos consagrarmos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio nas angústias e tentações da vida e o caminho que nos conduza até Deus, que esperamos gozar eternamente no Céu. Amém.
6° DIA
O Inferno
Quando perguntaram a São Jerônimo porque se retirou para uma gruta de
Belém e viver como um eremita penitente, ele respondeu: "Me condenei a
esta prisão porque temo o inferno!" Um gigante de doutrina e santidade
como ele temia o inferno. Nós, sem doutrina e santidade, nem nos preocupamos,
nem queremos pensar no Inferno! E assim demonstramos o que somos: pobres inconscientes!
São Paulo, raptado ao 3º Céu, carregado de méritos, temia de poder danar-se (cf
I Cor 9,27). Nós, com uma superficialiadade que amedronta, cremos evitar o
inferno sem méritos nem temores. Aliás, chegamos até a recomendar de não se
falar nunca do Inferno, porque "impressiona", não nos importando o
fato que Jesus, no Evangelho, falou do Inferno não só uma vez, mas 18 vezes!
Como sempre, covardes que somos, gostamos muito de discursos alegres e doces,
de Cristianismo fácil, efeitos de falsos aleluias e hosanas.
Fora daqui, malditos!
Esta é a terrificante condenação dos que morrem em pecado mortal.
"Estes irão ao eterno suplício" (Mt25,46). "Irão", ou seja,
só vai ao inferno quem quiser ir! Deus nos cria a todos para o Paraíso e nos dá
os meios para lá chegar, mas nos deixa livres para aceitar ou não. O homem que
recusa, então, sabe perder o Paraíso e escolher o Inferno. Ele quer isso
livremente. Nem se pode não dar razão a Deus, porque respeita a liberdade do
homem. Mas qual loucura renunciar a Deus, perder o Paraíso, cair naquele abismo
de horrores que é a moradia dos demônios. A visão de Deus, a união a Jesus e a
Nossa Senhora, a companhia dos Anjos e dos Santos... A perda destes bens
infinitos constitui a pena de dano dos danados, ou seja, a pena mais horrível e
pavorosa que possamos conceber. Pelo resto, se é verdade que com o pecado
mortal crucificamos Jesus em seu próprio coração de qual suplício
"não será digno aquele que terá pisado o Filho de Deus"? (Hb 10,20).
No fogo eterno
No Inferno existe também a pena do sentido, ou seja, o fogo eterno (Mt
18,7) "que põe aos danados como vítimas dos tormentos... de um fogo
ardente" (Lc 16, 23-24). A Geena é a figura mais expressiva que Jesus usou
para figurar o inferno. A Geena é um profundo vale sobre um dos lados de
Jerusalém. Nessa se jogavam toda as sujeiras da cidade e eram queimadas em um
fogo perene. O Inferno é um depósito de lixo do Céu e da Terra: nesse se
recolhem todos os anjos rebeldes e todos os homens imundos, perversos e corrompidos,
mortos em pecado mortal. Todos queimarão com "fogo inextinguível" (Mc
9,44), odiosos a Deus pela eternidade. Na verdade, é "coisa tremenda cair
nas mãos de Deus". (Hb 10,31). Mas não se poderá talvez dizer que seja
proporcional a pena eterna para as culpas do homem? Não, porque como a
recompensa está ao mérito, assim a pena está à culpa (Santo Tomás de Aquino).
Às boas ações corresponde o Paraíso eterno; às más ações (pecados mortais)
correspondem o Inferno eterno. O rico homem que durante a vida tinha pensado
somente nos "suntuosos banquetes", nos quais pensava só em se
divertir, e o pobre Lázaro, que tinha suportado em paz as próprias desventuras,
deixando que até os cachorros lhe "lambessem as feridas", nos fazem
compreender muito bem a diversa sorte eterna que tocará aos homens maus e bons
(Lc 16,19-31).
Muitos se perdem
Em Fátima, a Imaculada mostrou o Inferno aos 3 pastores. E Lúcia
descreveu aquela visão como melhor podia com estas palavras: "Vimos como
em um mar de fogo, emergidos os demônios e as almas, quase como carvões
transparentes e pretos, queimados em forma humana, flutuando no incêndio alçado
de fumos e cadentes de cada lado, como faísca de grandes incêndios. Sem peso,
nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que aterrorizavam e
faziam desmaiar de medo...". "Viram - disse Nossa Senhora - o Inferno
onde vão as almas dos pobres pecadores? Para os salvar, o Senhor quer
estabelecer no mundo a devoção ao meu Coração Imaculado". Reflitamos
seriamente sobre estas palavras de Nossa Senhora e liguemo-nos fortemente ao
seu Coração Imaculado e tenhamos bem radicados em nós o empenho de viver sempre
na graça de Deus, prontos em tudo sofrer para não cometer pecado mortal:
"Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma. Temais,
pois, aquele que pode fazer perder a alma e o corpo na Geena." (Mt 10,28).
Se os homens pensassem seriamente nestas palavras de Jesus, quem seria
condenado?
Como morre um danado?
São Clemente Hofbauer, apóstolo de Viena, foi visitar um moribundo não
crente e foi recebido com insultos: "Vai para o diabo, frade! Vais
embora!". "Antes quero ver como morre um danado!" disse o frade.
Com estas palavras o moribundo pôs-se a pensar e ficou mudo. São Clemente
invoca Maria com ardor. Logo depois o moribundo chora e exclama: "Padre,
perdoai-me. Aproximai-vos!". Confessa-se em lágrimas e morre invocando
Maria, refúgio dos pecadores. "A misericórdia de Maria salva um grande
número de infelizes que, segundo as leis da divina Justiça, iriam ser
danados". Cofiemos n'Ela, então, com toda a confiança.
Votos
Repetir amiúde: "Minha mãe, confiança minha";
Oferecer o dia pelos pecadores moribundos;
Ler e meditar a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro (Lc 16,
19-31).
Meditação do livro "Um mês com Maria", do padre Stefano Maria Manelli, um franciscano da Imaculada, nascido em 1933
Amados Leitores, no próximo dia 13, celebraremos Nossa Senhora de Fátima, ANO JUBILAR 100 ANOS DA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA AOS PASTORINHOS 1917-2017 - ANO DE GRAÇAS, hoje é o 3º dia da novena. Segue link: http://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/devocao/novena/novena-a-nossa-senhora-de-fatima/Meditação do livro "Um mês com Maria", do padre Stefano Maria Manelli, um franciscano da Imaculada, nascido em 1933
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