Proclamação do Evangelho
de Mateus 18,15-20
"Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão.
Mas, se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que 'qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas'.
Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e, se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano.
"Digo a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu.
"Também digo que, se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso será feito a vocês por meu Pai que está nos céus.
Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles".
Palavra da Salvação. Glória a Vós Senhor.
Nossa Senhora do Silêncio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.
Tu és disponibilidade e receptividade. Tu és fecundidade e plenitude. Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestidas de fortaleza. Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. És senhora de ti mesma antes de ser Nossa Senhora.
Em ti não existe dispersão. Em um ato simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada com o Senhor. Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti. O Mistério total te envolve, penetra e possui, ocupa e entrega todo o teu ser.
Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora.
Entretanto, teu silêncio não é ausência, mas presença. Estás abismada no Senhor e, ao mesmo tempo, atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloquente como quando nada se comunica.
Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos, mas fonte de energia e irradiação, não é encolhimento, mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.
Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação; e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.
Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé, a altura de tua esperança e a profundidade de teu amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem. Ó Mãe Admirável do Silêncio!
Amém. Nossa Senhora do Silêncio, rogai por nós!
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