20.01. [1938]. Nunca sou subserviente. Não suporto adulações, já que a humildade é tão somente a verdade. Na autêntica humildade não existe servilismo. Embora me considere a menor em todo o convento, alegro-me com a dignidade de esposa de Jesus... Não importa se, algumas vezes, me encontro com a opinião de que sou orgulhosa, pois sei que o julgamento humano não discerne os motivos do nosso agir.
Imaculado coração de Maria (Consagração)
Ó Coração Imaculado de Maria,
Repleto de bondade, mostrai-nos o Vosso amor.
A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens!
Nós Vos amamos infinitamente!
Imprimi nos nossos corações o verdadeiro amor,
para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente.
Ó Maria, Vós que tendes um Coração suave e humilde
lembrai-vos de nós quando caírmos no pecado.
Vós sabeis que todos os homens pecam.
Concedei que, por meio de Vosso Imaculado e Materno Coração,
sejamos curados de toda doença espiritual.
Fazei que possamos sempre contemplar a bondade de Vosso Materno Coração
e nos convertamos por meio da chama do Vosso Coração.
Amém.
Tu és disponibilidade e receptividade. Tu és fecundidade e plenitude. Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestidas de fortaleza. Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. És senhora de ti mesma antes de ser Nossa Senhora.
Em ti não existe dispersão. Em um ato simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada com o Senhor. Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti. O Mistério total te envolve, penetra e possui, ocupa e entrega todo o teu ser.
Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora.
Entretanto, teu silêncio não é ausência, mas presença. Estás abismada no Senhor e, ao mesmo tempo, atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloquente como quando nada se comunica.
Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos, mas fonte de energia e irradiação, não é encolhimento, mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se.
Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação; e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.
Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé, a altura de tua esperança e a profundidade de teu amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem. Ó Mãe Admirável do Silêncio!
Amém.
Autor: Ignacio Larranaga
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