Quando o próprio Senhor quer estar junto da alma e conduzi-la, afastará tudo o que seja exterior. Quando adoeci e fui transferida para a enfermaria, tive muitos dissabores por esse motivo. Éramos duas doentes na enfermaria . A Irma N. recebia visita de Irmãs, a mim ninguém veio ver. É verdade que é uma só enfermaria, mas cada uma tem a sua cela. Eram longas as tardes de inverno; a Irmã N. tinha luz, podia ouvir rádio, e eu nem podia preparar a minha meditação, por falta de luz.
Quando assim se passaram quase duas semanas, uma tarde eu me queixava ao Senhor porque sofria muito e nem podia preparar a meditação, por não dispor de luz. O Senhor respondeu-me que viria todos os dias à tarde e me indicaria os pontos da meditação para o dia seguinte, que versavam sempre Sua dolorosa Paixão. Dizia-me: Reflete sobre o Meu padecimento diante de Pilatos. – E assim sucessivamente, durante toda a semana, eu meditava sobre a Sua dolorosa Paixão. A partir daquele momento uma grande alegria invadiu a minha alma e já não desejava quaisquer visitas ou luz; Jesus me bastava para tudo. Aliás, o zelo das Superioras pelas doentes era grande e, no entanto, o Senhor fez com que eu me sentisse abandonada. Mas esse melhor Mestre para poder agir sozinho, afasta tudo que é criado. Algumas vezes eu sofria tantas perseguições e sofrimentos que a própria Madre M. disse: No seu caminho, os sofrimentos parecem brotar da terra. – Disse-me ainda: ¨Eu olho para a Irmã como para uma crucificada; no entanto, reconheço nisso a mão de Jesus. A Irmã seja fiel ao Senhor. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 149]. Jesus eu confio em Vós!O dogma do purgatório é mister seja sempre lembrado. Faz bem à nossa alma e às almas de nossos caros defuntos.
1.ª — Não passarmos um só dia sem orar pelas almas do purgatório.
E demais, esta devoção nos oferece as vantagens:
1.ª — Aumenta o nosso mérito pela caridade. É uma fonte de paz interior.
“Tudo que oferecemos? Por caridade aos defuntos se muda em méritos para nós, e depois da morte acharemos estes méritos”, escreve Santo Ambrósio.
Podemos pedir a proteção divina pelos sufrágios às santas almas. É um ato de caridade tão meritório, que nossa oração toca logo o Divino Coração de Jesus.
Como é doce e consolador poder orar pelos nossos mortos, vivermos em união com eles pelo sacrifício do altar e nossa preces!
Na verdade, santo e salutar é o pensamento de orar pelos defuntos, no dizer dos Macabeus do Livro Sagrado.
Requiem aeternam dona eis, Domine! — Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno!
SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO