POR QUE O DIA DE FINADOS?
A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Momento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino.
“É coisa santa e salutar lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados”. (2Mac 12,46)
Com a lembrança dos falecidos a Igreja quer lembrar a grande verdade, baseada na Revelação: a existência da Igreja triunfante no Céu; padecente no Purgatório e a militante na terra. O Purgatório é o estado intermediário, mas temporário “onde o espírito humano se purifica e se torna apto ao céu”.
O nosso Catecismo explica que: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”.(n. 1030 -1031)
A Tradição da Igreja está repleta de ensinamentos sobre a oração pelos mortos. São João Crisóstomo (349-407), bispo e doutor da Igreja, já no século IV recomendava orar pelos falecidos: “Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória… Porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (Hom. 1Cor 41,15).
A Igreja ensina que as almas em purificação no Purgatório, não podem mais fazer nada por elas mesmas, porque a morte põe fim ao tempo de conquistar méritos diante de Deus; então, quem as socorre são os santos e o fiéis na terra. Por isso, é grande obra de caridade para com as almas oferecer para sufrágio delas a santa Missa, o Terço, as indulgências, as orações, penitências e esmolas.
Papa Francisco: “A memória dos defuntos, o cuidado pelas sepulturas e os sufrágios são o testemunho de uma confiante esperança, enraizada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre o destino do ser humano, porque o homem está destinado a uma vida sem limites, que tem sua raiz e sua realização em Deus” (Oração do Ângelus, 02/11/2014).
Prof. Felipe Aquino
Fonte:http://cleofas.com.br/por-que-o-dia-de-finados/
Neste dia de Finados, confortem-nos estas palavras do papa Francisco: "No cemitério há três dimensões da vida: a memória que vemos à frente, a esperança que celebramos na fé e as luzes para nos guiar no caminho, que são as bem-aventuranças. Deus nos dê a graça da esperança, de olhar o horizonte, e a graça de entender quais são as luzes que nos acompanharão para seguir no caminho e assim chegar aonde nos esperam com tanto amor": ao novo céu e à nova terra.
Dia Dos Finados
Memento mori: lembra-te de que deves morrer. Era uma saudação dos monges trapistas.
1. Nada mais certo, do que a morte e nada mais incerto, que sua hora. Lembra a sabedoria popular, de que há, dois momentos inesquecíveis na vida: o do nascimento e o da morte. Pelo primeiro, agradeçamos a Deus, a nossos pais e amigos; em relação ao segundo, convém que nos preparemos bem. O tempo passa. Só Deus é eterno: não tem começo, nem fim. Nós todos, geralmente, almejamos viver bastante. Mas, nem a todos é dado consegui-lo. Uns vão antes, outros depois. Estamos todos a caminho. É questão de Tempo: de meses ou então de anos. “Wir sein zum Tode” afirmava Heidegger. Kierkegard, vivia atormentado pela angústia, mesmo sendo um homem bom. Há, ainda, os que vivem revoltados. Não convém, nem uma nem outra coisa: no entanto, com a vida e a morte não se brinca. Assumem-se.
2. Nós cristãos, a morte não a desejamos cedo, nem tão pouco tememo-la. Contudo é preciso preparar-se. O dia dos Finados no-lo, recorda. Por isso, é costume simpático, levar flores aos túmulos dos nossos entes queridos. Contudo, eles não estão lá, e sim na casa do Pai, ou seja, em ótimas mãos. Por isso, não esqueçamos de orar por eles. Já, o antigo Testamento afirmava: “é um pensamento santo e salutar, orar pelos mortos, para que sejam livres, de seus pecados” (2ª Macabeus12,45). Acrescento: é a gratidão que nos deve levar a fazê-lo.
3. Nossos queridos falecidos não precisam de nossas lágrimas nem de nossa tristeza. Mas, querem isso sim, nossa Felicidade, solidariedade e compreensão. Lembremo-nos, portanto, deles, com fé, gratidão e amor. Oremos por eles: pois, também, nós iremos.
*Dom Carmo João Rhoden SCJ é Bispo emérito de Taubaté-SP e presidente da Pró-Saúde
Indulgência Plenária
Conforme o Catecismo da Igreja Católica, número 1471, “As indulgências são a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados, já perdoados quanto à culpa, que, em determinadas condições, o fiel adquire para si ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos”.
Santíssima Virgem Maria, que olhais por todos nós que somos seus filhos, hoje vos peço pelas almas benditas que precisam de vosso auxílio para se purificarem totalmente e poderem desfrutar das maravilhas do céu.
Intercedei por todas e cada uma delas e que minha prece suplicante possa antecipar para elas o encontro glorioso com vosso Filho Jesus.
Para o alivio das almas e pelos merecimentos da vossa divina maternidade, saúdo-vos como fez São Gabriel na anunciação. Ave-Maria.....
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