Mas a alma saudosa não ouve essas palavras,
Ela deseja vivamente o seu Deus e Senhor
E não
compreende a linguagem dos homens.
Porque por Ele apenas sente amor.
Minha alma saudosa, ferida de amor,
Caminha
através de tudo o que é criado
E une-se na eternidade imensurável (49)
Com o Senhor, com quem meu coração está desposado.
Permiti, ó Deus, à minha alma saudosa
Mergulhar em Vossa Trindade Divina!
Atendei os meus desejos, pelos quais suplico humildemente
Com o coração repleto do fogo do amor. Editora Apostolado da Divina
Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1304]. Jesus eu confio em Vós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas Lc 21,25-28.34-36.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.
Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Prefacio da Missa dos Defuntos
Outra joia da Liturgia é o prefácio dos defuntos. Uma lição, uma lembrança de nossa imortalidade e ressurreição futura. Não é muito antigo. Vamos meditá-lo:
“Verdadeiramente é digno e justo, racional e salutar que sempre e em todos os lugares vos demos graças, Senhor, Santo Pai Onipotente, Eterno Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, em quem nos concedestes a esperança da feliz ressurreição; de sorte que, conquanto a condição certa da nossa morte nos entristeça, fiquemos consolados com a esperança da imortalidade futura. Pois para vossos fiéis, Senhor, a vida muda-se, não se acaba, e desfeita esta morada terrena, adquire-se a habitação eterna nos céus. E por isso, com os Anjos e Arcanjos, com os Tronos e as Dominações, e com a Milícia celeste, cantamos o hino da vossa glória, dizendo sem cessar: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos. O céu e a terra estão cheios da vossa glória. Hosana no alto dos céus”
Eis o belo Prefácio dos defuntos. Fala-nos da esperança da ressurreição futura. Estamos tristes neste mundo porque nossa condição de pobres mortais, sujeitos a deixar esta vida pela morte. Todavia, temos a promessa da imortalidade. Não morreremos de todo. A morte para o cristão é vida. Nas catacumbas escreviam nas lages sepulcrais às vezes uma palavra só: — Vixit! Viveu! É a ideia do Prefácio. A vida do cristão é a mesma. Aqui a vida na graça, e depois a vida na glória. Muda-se apenas a condição da mesma vida. Vita mutatur, non tollitur, diz o Prefacio — a vida se muda, mas não se acaba.
Que lição confortadora!
Diz o Apóstolo que não temos neste mundo morada permanente. Non habemus hic manentem civitatem. — Não pertencemos a este mundo. A Igreja nos chama viatores, caminhantes. Vamos para a casa de nossa eternidade. É o que nos recorda o Prefácio dos defuntos. Desfaz-se nossa morada terrena, pobre e miserável, e adquirimos uma eterna morada no céu!
A Liturgia dos mortos é pois uma continua lembrança aos vivos da morte e do Juízo, um despertar da nossa fé na imortalidade da alma e na vida futura, um brado para que estejamos vigilantes, porque na hora que menos pensarmos, virá o Filho do Homem. É, principalmente, um incentivo para que não nos esqueçamos de nossos mortos queridos.
Fonte:https://rumoasantidade.com.br/tenhamos-compaixao-pobres-almas/25-novembro-missa-defuntos/
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