sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Festa da Sagrada Família, O menino crescia e enchia-se de sabedoria.

                                       

         Hoje, o Senhor me disse: Minha filha, olha para o Meu misericordioso Coração e reflete a Sua compaixão em teu próprio coração e em tuas ações, para que tu mesma, que anuncias ao mundo a Minha misericórdia, possas ser inflamada Nela. Editora Apostolado da Divina Misericórdia. [Diário de Santa Faustina nº 1688]. Jesus eu confio em Vós.

                                                  

    Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 2,13-15.19-23


13Depois que os magos partiram,

o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:

'Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o

Egito! Fica lá até que eu te avise!

Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.'

14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe,

e partiu para o Egito.

15Ali ficou até à morte de Herodes,

para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta:

'Do Egito chamei o meu Filho.'

19Quando Herodes morreu,

o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito,

20e lhe disse: 'Levanta-te, pega o menino e sua mãe,

e volta para a terra de Israel;

pois aqueles que procuravam matar o menino

já estão mortos.'

21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe,

entrou na terra de Israel.

22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judéia,

no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá.

Por isso, depois de receber um aviso em sonho,

José retirou-se para a região da Galiléia,

23e foi morar numa cidade chamada Nazaré.

Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos

profetas:

Ele será chamado Nazareno.'

Palavra da Salvação. Glória a Vós Senhor.

                                   

O Papa: Natal sem os pobres não é o Natal de Jesus

“Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus... Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!” Foi a exortação do Papa na Missa da Noite de Natal presidida por Francisco na Basílica de São Pedro com a participação de milhares de fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo

Na homilia da Missa solene da Noite de Natal deste sábado, na Basílica de São Pedro, com milhares de fiéis e peregrinos presentes oriundos de várias partes do mundo, o Papa Francisco convidou-nos a redescobrir o sentido do Natal. Como voltar a encontrar o seu significado? E sobretudo aoinde ir procurá-lo? “O Evangelho do nascimento de Jesus parece escrito precisamente para isto: tomar-nos pela mão e levar-nos lá onde Deus quer”, ressaltou o Pontífice.

A manjedoura! Para voltar a encontrar o sentido do Natal, é preciso fixar nela o olhar. E por que é tão importante a manjedoura? Porque é o sinal, não casual, com que Cristo entra em cena no mundo. É o manifesto com que Se apresenta, o modo como Deus nasce na história para fazer renascer a história. Que nos quer dizer então a manjedoura? Pelo menos três coisas: proximidade, pobreza e concretismo. Francisco desenvolveu sua reflexão na homilia a partir daí.

Proximidade

A manjedoura serve para deixar o alimento mais próximo da boca e assim consumi-lo mais depressa. Deste modo pode simbolizar um aspeto da humanidade: a voracidade em consumir, ressaltou o Papa.

“E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os vulneráveis. Também neste Natal, uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer não dá lugar – como sucedeu com Jesus – aos mais pequenos, a tantos nascituros, pobres, abandonados. Penso sobretudo nas crianças devoradas por guerras, pobreza e injustiça. Mas é precisamente lá que vem Jesus, menino na manjedoura do descarte e da rejeição.”

“Na manjedoura incómoda da rejeição, acomoda-Se Deus: vem para ali, porque nela está o problema da humanidade, a indiferença gerada pela pressa devoradora de possuir e consumir. Cristo nasce lá e, naquela manjedoura, descobrimo-Lo próximo”, acrescentou o Santo Padre.

Pobreza

Além da proximidade, a manjedoura de Belém fala-nos de pobreza. Na realidade - observou -, à volta duma manjedoura, não há grande coisa: tojo, qualquer animal e pouco mais. As pessoas hospedavam-se no quentinho dos albergues, não no estábulo frio duma pensão; mas aqui nasceu Jesus, e a manjedoura lembra-nos que nada mais havia em redor senão quem Lhe queria bem: Maria, José e alguns pastores… todos, pobres, irmanados pelo afeto e a maravilha, não por riquezas e grandes possibilidades. E assim a pobre manjedoura faz emergir as verdadeiras riquezas da vida: não o dinheiro nem o poder, mas as relações e as pessoas.

“E a primeira pessoa, a primeira riqueza é Jesus. Mas nós… queremos mesmo estar ao seu lado? Aproximamo-nos d’Ele, amamos a sua pobreza? Ou preferimos cingir-nos comodamente aos nossos interesses? Sobretudo visitamo-Lo onde Se encontra, isto é, nas pobres manjedouras do nosso mundo? É lá que Ele está presente. E nós somos chamados a ser uma Igreja que adora Jesus pobre, e serve Jesus nos pobres.”

“Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus... Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!”, exortou o Papa.

Concretismo

Desenvolvendo o último ponto de sua reflexão, Francisco ressaltou ainda que a manjedoura nos fala de concretismo. “Jesus, que nasce pobre, viverá pobre e morrerá pobre, não fez muitos discursos sobre a pobreza, mas viveu-a, em toda a sua profundidade, por nós. Da manjedoura à cruz, o seu amor por nós foi palpável, concreto: do nascimento à morte, o filho do carpinteiro abraçou a aspereza da madeira, a aspereza da nossa existência. Não nos amou com palavras, não nos amou por divertimento!”

Por fim, o Santo Padre fez uma premente exortação: “Não deixemos passar este Natal sem fazer algo de bom. Uma vez que é a festa d’Ele, o seu aniversário, ofereçamos-Lhe prendas de que Ele gosta! No Natal, Deus é concreto: em seu nome, façamos renascer um pouco de esperança em quem a perdeu!” Francisco concluiu a homilia da Missa solene da Noite de Natal em forma de oração:

Jesus, contemplamos-vos recostado na manjedoura. Vemos-vos tão próximo, perto de nós para sempre… Obrigado, Senhor! Vemos-vos pobre, ensinando-nos que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas nas pessoas, sobretudo nos pobres: desculpai, Senhor, se não Vos reconhecemos e servimos nelas. Vemos-vos concreto, porque concreto é o vosso amor por nós: ajudai-nos a dar carne e vida à nossa fé. Amém.

fonte:https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-12/papa-francisco-missa-solene-noite-de-natal-renasca-a-caridade.html

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