“Oh! Como é grande a misericórdia de Deus; que
toda alma a glorifique.” [Diário 917]. Jesus eu confio em Vós!
O que vem
depois da morte - Catecismo da Igreja Católica
I. O Juízo Particular
1021 A morte põe fim à vida do homem como tempo
aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. O Novo
Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com
Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição,
imediatamente depois da morte, de cada um em função de suas obras e de sua fé.
A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão assim
como outros textos do Novo Testamento, falam de um destino último da alma pode
ser diferente para uns e outros.
1022 Cada homem recebe em sua alma imortal a
retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que
coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação,
seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de
imediato para sempre.
No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre
o amor.
II. O Céu
1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e
que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre
semelhantes a Deus, porque o vêem “tal como ele é" (1Jo 3,2), face a face
(1Cor 13,12):
Com nossa autoridade apostólica definimos que,
segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da
Paixão de Cristo (...) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o
santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram,
(...) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte,
tiverem acabado de fazê-lo, (...) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e
do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao
céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste
com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte
de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva
e até face a face, sem a mediação de nenhuma criatura.
1024 Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade,
essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos
os bem-aventurados, é denominada "o Céu". O Céu é o fim último e a
realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade
suprema e definitiva.
1025 Viver no Céu é "viver com Cristo".
Os eleitos vivem "nele", mas lá conservam - ou melhor, lá encontram –
sua verdadeira identidade, seu próprio nome.
"Vita est enim esse cum Christo; ideo ubi
Christus, ibi vita, ibi regnum - Vida é, de fato, estar com Cristo; aí onde
está Cristo, aí está a Vida, aí está o Reino".
1026 Por sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo nos
"abriu" o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em
plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua
glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis à sua vontade. O
céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente
incorporados a Ele.
1027 Este mistério de comunhão bem-aventurada com
Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda
imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz, paz, festim de
casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso. "O que
os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu,
isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).
1028 Em razão de sua transcendência, Deus só poder
ser visto tal como é quando Ele mesmo abrir seu mistério à contemplação direta
do homem e o capacitar para tanto. Esta contemplação de Deus em sua glória
celeste é chamada pela Igreja de "visão beatifica".
Qual não ser tua glória e tua felicidade: ser
admitido a ver a Deus, ter a honra de participar das alegrias da salvação e da
luz eterna na companhia de Cristo, o Senhor teu Deus (...) desfrutar no Reino
dos Céus, na companhia dos justos e dos amigos de Deus, as alegrias da
imortalidade adquirida.
1029 Na glória do Céu, os bem-aventurados continuam
a cumprir com alegria a vontade de Deus em relação aos outros homens e à
criação inteira. Já reinam com Cristo; com Ele “reinarão pelos séculos dos
séculos" (Ap 22,5).
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