“Ó Jesus, desejo
viver o momento presente, viver como se este dia fosse o último da minha vida.”
[Diário 1183]. Jesus eu confio em Vós!
HOJE CELEBRAMOS SÃO CARLOS BORROMEU
Conservai, ó Deus, no vosso povo o espírito que
animava São Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja, continuamente renovada e
sempre fiel ao Evangelho, possa mostrar ao mundo a face de Cristo.
Assim como fizestes dele um grande bispo, pela
vigilância pastoral e esplêndidas virtudes, concedei-nos frutificar sempre em
boas obras.
Dai-nos sua intercessão, que sejamos constantemente
fiéis no vosso serviço e fervorosos na caridade. Amém!
III. A purificação final ou Purgatório - Catecismo da Igreja Católica
1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus,
mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação
eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade
necessária para entrar na alegria do Céu.
1031 A Igreja denomina Purgatório esta purificação
final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A
Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório, sobretudo no Concílio
de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a
tradição da Igreja fala de um fogo purificador:
No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer
que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que
é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoada nem presente século nem no século futuro
(Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser
perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.
1032 Este ensinamento apoia-se também na prática da
oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: "Eis por que
ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam
morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46). Desde
os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios
em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados,
eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as
esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos:
Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os
filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos
duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação?
Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por
eles.
IV. O Inferno
1033 Não podemos estar unidos a Deus se não
fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos
gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele
que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e
sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo
3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos
de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são
seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o
amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para
sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão
definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a
palavra "inferno".
1034 Jesus fala muitas vezes da "Geena",
do "fogo que não se apaga", reservado aos que recusam até o fim de
sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e
o corpo. Jesus anuncia em termos graves que "enviar seus anjos, e eles
erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e
os lançarão na fornalha ardente" (Mt 13,41-42), e que pronunciar a
condenação: "Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!" (Mt
25,41).
1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e
a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal
descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do
Inferno, "o fogo eterno". A pena principal do Inferno consiste na
separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a
felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.
1036 As afirmações da Sagrada Escritura e os
ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com
a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno.
Constituem também um apelo insistente à conversão: "Entrai pela porta
estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos
são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que
conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14):
Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a
advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único
curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e
mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos,
obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro
e ranger de dentes.
1037 Deus não predestina ninguém para o Inferno;
para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e
persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e nas orações cotidianas de
seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, que quer "que ninguém
se perca, mas que todos venham a converter-se" (2Pd 3,9):
Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos
servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da
condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
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