Ficava muito admirada com tais penitências, mas
esse sacerdote não me ajudou muito. Parecia-me antes que Deus queria que O
adorasse pelo sofrimento. Esse sacerdote consolava-me dizendo que nesse estado
era mais agradável a Deus do que estivesse cheia dos maiores gozos. ¨Que grande
graça de Deus! ¨- dizia ele - ¨que a Irmã, nesse estado atual de tormentos da
alma, não ofende a Deus, mas procura exercitar-se nas virtudes! Eu olho para a
alma da Irmã, vejo nelas grandes desígnios e graças especiais, e vendo isso na
sua alma, rendo graças ao Senhor. ¨Mas, apesar de tudo, a minha alma permanecia
em sofrimentos e tormentos indivisíveis. Eu era como o cego que confia no guia
e segura firmemente sua mão, e em nenhum momento me afastava da obediência, que
era para mim a tábua de salvação na prova de fogo. [Diário de Santa Faustina nº 68-continuação]. Jesus eu confio em Vós!
Papa Francisco
propôs em sua homilia três “medicamentos ou remédios” que os cristãos podem
abraçar para “curar-se do pecado” nesta Quaresma(10/02/16):
oração, caridade e jejum.
oração, caridade e jejum.
VATICANO, 10 Fev. 2016 - Quarta feira de cinzas.
1.
Oração: “Expressão de abertura e confiança no Senhor: É o encontro pessoal com
Ele, que encurta as distâncias criadas pelo pecado”, disse o Papa. “Rezar
significa dizer: “Não sou autossuficiente, preciso de você. Você é a minha vida e minha
salvação”.
2.
Caridade: O Papa disse que “amor verdadeiro, de fato, não é um ato exterior,
não é dar algo de forma paternalista para tranquilizar a consciência, mas
aceitar quem precisa de nosso tempo, de nossa amizade e nossa ajuda”. É também
“viver o serviço”.
3.
Jejum: A penitência “para nos libertar das dependências em relação ao que passa
e nos treinar para ser mais sensíveis e misericordiosos”. “É um convite à
simplicidade e partilha”.
O Papa
pediu também que “a Quaresma seja um tempo benéfico para podar a falsidade, a
mundanidade e a indiferença”, entre outras coisas, para “reencontrar a
identidade cristã, ou seja, o amor que serve, não o egoísmo que se serve”.
Sobre a
necessidade de reconciliação com Deus, o Santo Padre explicou que “não é
simplesmente um bom conselho paterno e nem uma sugestão. É uma verdadeira e
própria súplica em nome de Cristo”. “Cristo sabe que somos frágeis e pecadores,
conhece a fraqueza de nosso coração”, lembrou.
Cristo
“vence o pecado e nos reergue das misérias, se as confiamos a Ele” e este “é o
primeiro passo do caminho cristão. Trata-se de entrar pela porta aberta que é
Cristo, onde Ele mesmo nos espera, o Salvador, e nos oferece uma vida nova e
alegre”.
O Santo
Padre afirmou que “há uma tentação de blindar as portas, ou seja, conviver com
o próprio pecado, minimizando-o, justificando-se sempre, pensando em não ser
pior que os outros”, mas assim, “se trancam as fechaduras da alma e se
permanece fechado dentro, prisioneiros do mal”.
Outro
obstáculo que o Pontífice assinalou é “a vergonha de abrir a porta secreta do
coração” e também o de “distanciarmo-nos da porta: isso acontece quando nos
enfurnamos em nossas misérias”. Então, “a tristeza que não queremos nos torna
familiar, nos desencorajamos e somos mais fracos diante das tentações”.
“Isso
acontece porque permanecemos sós conosco, nos fechando e fugindo da luz,
enquanto somente a graça do Senhor nos liberta. Deixemo-nos então reconciliar,
ouvindo Jesus que diz a quem está cansado e oprimido: venha a mim”.
Aos
Missionários da Misericórdia, Francisco disse: “Queridos irmãos, que vocês
possam ajudar a abrir as portas dos corações, a vencer a vergonha e a não fugir
da luz”.
“Que as
suas mãos abençoem e reergam os irmãos e irmãs com paternidade. Que através de
vocês o olhar e as mãos do Pai pousem sobre os filhos e curem suas feridas”,
exortou.
Existe
outro convite da parte de Deus que é a de “retornar ao Senhor de todo o coração”.
“Se é preciso voltar é porque nos distanciamos. É o mistério do pecado”,
explicou Francisco.
Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-propoe-tres-remedios-que-a-curam-do-pecado-na-quaresma-84575/
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