quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

São Paulo, rogai por nós!

Fim do Postulado. (29/04/1926) - As Superioras enviaram-me a Cracóvia para o noviciado. Uma alegria inconcebível inundava a minha alma. Quando viemos ao noviciado, a Irmã... estava morrendo. Poucos dias depois a irmã... veio ter comigo, encarregando-me de falar com a Madre Mestra e de lhe dizer para pedir ao confessor, padre Rospond, que celebrasse por ela uma Santa Missa e rezasse três jaculatórias. No primeiro momento, eu disse-lhe que sim, mas, no dia seguinte, achei melhor não ir falar com a Madre Mestra, pois não entendia bem se se tratava de sonho ou de coisa real. E não fui. Na noite seguinte a mesma coisa aconteceu de maneira mais clara; não tinha mais nenhuma dúvida. Contudo, de manhã, decidi que não contaria isso à Mestra. Contaria apenas quando a visse durante o dia. Logo encontrei-me com ela no corredor; ela me repreendeu por não ter ido falar com a Mestra. Minha alma encheu-se de grande inquietação e, por isso, fui imediatamente falar com a madre Mestra e contei-lhe tudo o que tinha acontecido. A Madre respondeu que resolveria esse assunto. Imediatamente, a paz reinou em minha alma, e no terceiro dia, aquela irmã veio e disse-me: ¨Deus lhe pague¨. [Diário de Santa Faustina nº 21]. Jesus eu confio em Vós!

No momento da vestidura, Deus deu-me a conhecer quanto eu haveria de sofrer. Vi claramente com que estava me comprometendo. Durou um minuto esse sofrimento. Deus novamente inundou a minha alma de grandes consolos. [Diário de Santa Faustina nº 22]. Jesus eu confio em Vós!
Por amor de Cristo, Paulo tudo suportou
O que é o homem, quão grande é a dignidade da nossa natureza e de quanta virtude é capaz a criatura humana, Paulo o demonstrou mais do que qualquer outro. Cada dia ele subia mais alto e se tornava mais ardente, cada dia lutava com energia sempre nova contra os perigos que o ameaçavam. É o que depreendemos de suas próprias palavras: Esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente (cf. Fl 3,13). Percebendo a morte iminente, convidava os outros a comungarem da sua alegria, dizendo: Alegrai-vos e congratulai-vos comigo (Fl 2,18). Diante dos perigos, injúrias e opróbrios, igualmente se alegra e escreve aos coríntios: Eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições (2Cor 12,10); porque sendo estas, conforme declarava, as armas da justiça, mostrava que delas lhe vinha um grande proveito.
Realmente, no meio das insídias dos inimigos, conquistava contínuas vitórias triunfando de todos os seus assaltos. E em toda parte, flagelado, coberto de injúrias e maldições, como se desfilasse num cortejo triunfal, erguendo numerosos troféus, gloriava-se e dava graças a Deus, dizendo: Graças sejam dadas a Deus que nos fez sempre triunfar (2Cor 2,14). Por isso, corria ao encontro das humilhações e das ofensas que suportava por causa da pregação, com mais entusiasmo do que nós quando nos apressamos para alcançar o prazer das honrarias; aspirava mais pela morte do que nós pela vida; ansiava mais pela pobreza do que nós pelas riquezas; e desejava muito mais o trabalho sem descanso do que nós o descanso depois do trabalho. Uma só coisa o amedrontava e fazia temer: ofender a Deus. E uma única coisa desejava: agradar a Deus.
Só se alegrava no amor de Cristo, que era para ele o maior de todos os bens; com isto julgava-se o mais feliz dos homens; sem isto, de nada lhe valia ser amigo dos senhores e poderosos. Com este amor preferia ser o último de todos, isto é, ser contado entre os réprobos, do que encontrar-se no meio de homens famosos pela consideração e pela honra, mas privados do amor de Cristo.
Para ele, o maior e único tormento consistia em separar-se de semelhante amor; esta era a sua geena, o seu único castigo, o infinito e intolerável suplício.
Em compensação, gozar do amor de Cristo era para ele a vida, o mundo, o anjo, o presente, o futuro, o reino, a promessa, enfim, todos os bens. Afora isto, nada tinha por triste ou alegre. De tudo o que existe no mundo, nada lhe era agradável ou desagradável.
Não se importava com as coisas que admiramos, como se costuma desprezar a erva apodrecida. Para ele, tanto os tiranos como as multidões enfurecidas eram como mosquitos.
Considerava como brinquedo de crianças os mil suplícios, os tormentos e a própria morte, desde que pudesse sofrer alguma coisa por Cristo.
Oração: Ó Deus, que instruístes o mundo inteiro pela pregação do apóstolo São Paulo, dai-nos, ao celebrar hoje sua conversão, caminhar para vós seguindo seus exemplos, e ser no mundo testemunhas do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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